A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Ciclo sobre António Telmo em Sesimbra



Ortodoxia e livre-pensamento

Há pouco mais de meio século, Álvaro Ribeiro afirmava pertencer Sampaio Bruno à tendência característica da filosofia portuguesa por se tratar de um livre-pensador religioso, igualmente distante do positivismo agnóstico e do catolicismo ortodoxo. “Livre-pensador – esclarece o filósofo noutro passo da sua obra – é o homem capaz de pensar livremente os valores – o bom, o belo e o vero – e mais ainda aquilo que os unifica e afinal garante. O problema do infinito incita o livre-pensador a meditar heroicamente a difícil temática religiosa. Nisso está o mérito; nisso está a dificuldade; nisso está o perigo; porque o livre-pensador, ao contrário do positivista, avança por um domínio delimitado pelos escolásticos, mas acelera a evolução espiritual da Humanidade”.

Estas considerações serão talvez surpreendentes para quem se habituou a assimilar a liberdade de pensamento à recusa, pura e simples, de uma qualquer crença religiosa. O que Álvaro Ribeiro e, na sua senda, António Telmo, nos propõem é algo de diferente: aceitar a fé como o ponto de partida necessário da demanda filosófica, mas pôr em causa, se for esse o caso, o constrangimento das formulações dogmáticas.

Assumindo este legado fundamental dos três pensadores, o Círculo António Telmo, o MIL: Movimento Internacional Lusófono, a revista Nova Águia e os Cadernos de Filosofia Extravagante propõem-se, em parceria com a Câmara Municipal de Sesimbra, actualizar alguns dos problemas que ele suscita. Por exemplo: as relações entre a religião, o esoterismo e a filosofia; o convívio, por vezes conflituoso, das três tradições abraâmicas; ou a distinção entre ortodoxia, heterodoxia e heresia.

Por outro lado, com a organização deste ciclo de estudos pretende-se encetar uma série de homenagens a António Telmo, há pouco desaparecido, e que muito amava Sesimbra, terra onde viveu, conviveu e pensou, como bem indica o poema de abertura das suas Congeminações de um Neopitagórico. O título do livro dá o mote. E os versos da quadra que lhe serve de prólogo, definindo o perfil do autor, esclarecem o nosso intento:

Foi na Serra da Achada
Que julguei ter-me perdido.
Quem se ganha não é nada.
Disse-me Deus ao ouvido.

(programa a anunciar em breve)