A vaga de incêndios que tem assolado Portugal neste Verão é, decerto, resultado das altas temperaturas que se têm registado, mas tem causas muito mais profundas – a saber:
- má política no ordenamento do território;
- má política de solos, de florestação e de recursos hídricos;
- má política na gestão de recursos humanos;
- má política de educação ambiental.
Estas quatro razões denotam o mau funcionamento do Estado português, que só o esforço heróico dos nossos bombeiros vai disfarçando, especialmente as corporações de bombeiros voluntários, que acorrem a apagar os fogos sem nada auferirem – um exemplo para toda a Comunidade lusófona.
Louvando o trabalho de todos os bombeiros – e lamentado as mortes já registadas –, o MIL exorta o Estado português a assumir uma outra política, em prol:
- de um ordenamento do território mais equilibrado, no reforço da nossa tradição municipalista, assim invertendo a tendência de desertificação do interior do país;
- de uma política de solos, de florestação e de recursos hídricos que, por si só, dificulte a propagação de incêndios;
- de uma política de recursos humanos que vise mobilizar mais gente não só para o combate aos incêndios, como, desde logo, para a sua prevenção.
- de uma mais forte educação ambiental, a todos os níveis de ensino, por um lado, e, por outro, de uma mais severa punição dos causadores de incêndios, que tantos danos, humanos e materiais, têm gerado.
Acompanhamos e lamentamos também os incêndios que têm assolado outros locais do espaço lusófono, nomeadamente a Galiza e o Brasil.
MIL: MOVIMENTO INTERNACIONAL LUSÓFONO
www.movimentolusofono.org
Publicado em
http://mil-hafre.blogspot.com/2010/08/de