A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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quinta-feira, 19 de agosto de 2010

O TRABALHO SEGUNDO AGOSTINHO DA SILVA (I)

DA MEMÓRIA… JOSÉ LANÇA-COELHO


Na perspectiva do filósofo português Agostinho da Silva (Porto, 1906-Lisboa, 1994), Portugal deveria passar de país marítimo a país naval, o que, parecendo o mesmo, é significativamente diferente, como se pode inferir da citação seguinte:

PAÍS MARÍTIMO/PAÍS NAVAL:

“Portugal deve passar de país marítimo a país naval. Não é a mesma coisa. País marítimo, pode ser, por exemplo, estar na praia não fazendo coisa alguma. País naval, ter alguma coisa que fazer, inclusive ter como objectivo não fazer nada. Mas é preciso querer nitidamente não fazer nada, não é abandonar-se ao não fazer nada, é não querer fazer nada mesmo! Ter a profissão de não querer fazer nada. Eu só conheci um homem que tinha essa força, (…)”. (Agostinho da Silva, Ir à Índia sem Abandonar Portugal, p. 14)

Já imaginaram o que é «ter a profissão de não querer fazer nada»? Pessoalmente nunca conheci ninguém que a exercesse, pelo contrário, Agostinho da Silva afirma ter conhecido uma pessoa assim, que era reformada desde que nasceu, acrescentando que deveríamos criar uma sociedade que permitisse atribuir esse estatuto a qualquer cidadão, o que em plena época de crise económica a nível mundial me faz esboçar um sorriso.

Por outro lado, é ainda significativo o alerta lançado pelo filósofo, para o perigo de morte que representa a inacção, daí que as duas regras de ouro para a existência, passem por, não trabalhar nunca, mas, pelo contrário, ter sempre uma ocupação. Vejamos, então, o que diz o filósofo a este respeito:

TRABALHO:

“A alegria, a alegria do sujeito… Tinha-se reformado desde que tinha nascido, que era o que nós todos devíamos fazer, estar sempre reformados à nascença… Temos que pensar numa economia, numa sociedade, em que qualquer tipo seja reformado à nascença. E saiba imediatamente, se puder entender, que quem não faz nada morre depressa. E que, portanto, procure naquilo que é, naquilo que sente do mundo, o que é que gostaria de fazer. As duas leis devem ser: «Não trabalhe nunca; por favor esteja sempre ocupado.» (Agostinho da Silva, Ir à Índia sem Abandonar Portugal, p. 15)

(continua)