A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

"O diabo é idêntico à língua" ou o pensamento nómada de Vilém Flusser




"A língua materna forma todos os nossos pensamentos e fornece todos os nossos conceitos. É ela a responsável pela nossa cosmovisão e pelo valorizar que sobre ela fundamentamos. Em outras palavras: a língua materna é a fonte do nosso senso da realidade. Com efeito: amor pela língua materna é sinónimo do senso da realidade. Mas de que realidade se trata? De uma realidade relativa. A pluralidade das línguas o prova. Toda língua produz e ordena uma realidade diferente. Se abandonamos o terreno da nossa língua materna, se começamos a traduzir, o nosso senso da realidade começa a diluir-se. [...] O diabo é idêntico à língua. A língua é aquele tecido de maia que se estabelece como véu na superfície da intemporalidade. A realidade ou as realidades que a língua cria é justamente aquilo que temos chamado, até agora, de "mundo sensível". Passaremos, doravante, a chamá-lo de "mundo articulável". E rectificaremos, igualmente, a nossa definição operante do diabo. Temos dito que ele é o tempo. Agora podemos precisar melhor esse termo "tempo". "Tempo" é o aspecto discursivo da língua. E definiremos o diabo como "língua". O amor pela língua materna é a sublimação mais alta da luxúria, porque é a luxúria elevada até ao nível da realidade do diabo"

- Vilém Flusser, História do Diabo, São Paulo, Annablume, 2006, pp.91-92.

Realizar-se-á um Colóquio Internacional sobre Vilém Flusser, em 3 e 4 de Maio, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, organizado por Paulo Borges e Dirk Hennrich. Flusser é um originalíssimo pensador checo que escreveu algumas das suas obras maiores em português do Brasil. O presente trecho está vertido em português de Portugal, não castrado pelo acordo ortográfico.

A nova revista ENTRE publicará um estimulante inédito deste pensador genial.

Publicado em:
arevistaentre.blogspot.com

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