A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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quarta-feira, 18 de novembro de 2009

“A Cultura Primeiro”

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Ter como princípio “A Cultura Primeiro” não significa defender “apenas a Cultura” ou que “só a Cultura nos interessa”. Seguindo o bom exemplo de Agostinho da Silva, defendemos que a Cultura começa pelo Direito à Alimentação, à Saúde, à Habitação, enfim, pelo Direito a uma Vida Digna. Mas é essa visão cultural – sobre o país e sobre o mundo – o nosso sinal distintivo. Ao contrário de todos aqueles, cada vez mais, no país e no mundo, que subordinam tudo à Economia – “It’s the economy, stupid!" – nós defendemos que todas as decisões que afectam a vida dos portugueses se devem sustentar numa visão cultural do país.

É essa visão que faz falta a este país. Actualmente, temos uma Esquerda que, ainda refém das culpas que teve da descolonização que fez, com todas as guerras civis que gerou, vive ainda a sua provinciana paixão europeísta, virando por completo as costas ao mar, à nossa vocação atlântica… Do outro lado, temos uma Direita que, ainda refém das culpas que teve na colonização que sustentou, acha que a nossa vocação atlântica se cumpre no seguidismo em relação à Administração Norte-Americana...

Importa pois que o MIL se assuma como essa voz necessária, tanto mais necessária porquanto essa voz não existe, publicamente, de forma estruturada. No plano político, nomeadamente, não há nenhum partido que assuma essa visão cultural do país: à esquerda, porque se continua a considerar, apesar de toda a retórica, que Cultura é o que vem da Europa, em Paris de particular (não por acaso, o Manuel Maria Carrilho, tido como o grande ministro da Cultura do pós-25 de Abril, tinha como modelo o Jack Lang…); à direita, porque se continua a defender, igualmente apesar de toda a retórica, que tudo deve ser decidido, em última instância, pelo Deus-Mercado…

Ao defender que a Língua e a Cultura devem ser o eixo de toda a Política, ao contrário do que acontece actualmente, em que a pasta da Cultura é a menos importante de todas, não vamos certamente defender que o orçamento da Cultura passe a ser financeiramente maior do que o da Saúde ou o da Segurança Social. Não é disso, como é óbvio, que se trata. Trata-se apenas de defender que todas as políticas sectoriais se devem subordinar a essa visão axialmente cultural do país…

Agora é pois a hora de surgir essa voz. Uma voz liberta dessas culpas e desses traumas, tão liberta que nem sequer pretende acusar alguém. A História foi o que foi. É tempo de, finalmente, olharmos para o Futuro…

Também publicado no MILhafre: http://mil-hafre.blogspot.com/2009/11/cultura-primeiro.html