18 Setembro 2009 - 00h30 (Correio da Manhã)
África: Aliança estratégica para intervenção no Atlântico Sul
África: Aliança estratégica para intervenção no Atlântico Sul
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Uma aliança estratégica entre o Brasil e Portugal, os dois mais expressivos países de língua portuguesa e os que mais desenvolvem acções em África, pode estar para breve e mudar o quotidiano e as perspectivas de futuro de vários países da região. A Guiné-Bissau, um dos mais pobres da área de abrangência dessa aliança, pode ser um dos mais beneficiados por acções conjuntas de ajuda deste grupo de países, que inclui também Angola.
A ideia foi defendida quarta-feira em Brasília pelo ministro brasileiro da Defesa, Nelson Jobim, durante um debate na Comissão de Relações Exteriores do Congresso Nacional. Jobim quer que Brasil e Portugal estabeleçam, juntamente com Angola, uma aliança para desenvolverem acções concertadas na área internacional do Atlântico Sul e Equatorial.
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Jobim e o ministro português da Defesa, Nuno Severiano Teixeira, já tinham concordado com a necessidade de uma coordenação das acções de cooperação que os dois países promovem no continente africano. "É natural que os dois países que mais responsabilidades têm na comunidade de países de língua portuguesa concertem suas posições" – declarou então Nuno Severiano Teixeira, que citou a Guiné-Bissau como uma das prioridades de programas complementares de cooperação a serem concretizados por essa aliança. Para Jobim, a referida parceria tem uma importância estratégica extraordinária, dadas as imensas riquezas existentes na chamada ‘Área’, um corredor de águas internacionais entre os três continentes. Entre essas riquezas – adiantou o ministro – está uma bactéria capaz de produzir sangue humano e que hoje é pesquisada pelo Japão, além de riquezas minerais.
Domingos Grillo Serrinha, Correspondente Brasil
1 comentário:
Eis como as ideias do MIL vão ganhando terrendo...
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