Na sexta-feira, infelizmente, não fiquei mais rico, ou melhor, mais excêntrico.
[ainda não é desta que compro um monte alentejano e me mudo de armas e bagagens para a costa vicentina...]
No Sábado, como previsto fomos ao Jardim Zoológico de Lisboa passar o dia. Demos uma voltinha pela quintinha, assistimos ao show do Leões Marinhos e dos Golfinhos, fomos ao reptilário, andámos de teleférico, vimos elefantes, girafas, zebras, suricatas, etc... mas os animais com quem estávamos sempre a dar de caras, só têm duas pernas, dois bracitos e um cérebro mais pequeno que uma ervilha: o tuga estúpido!
O tuga estúpido é uma espécie - infelizmente - longe da extinção. Caracteriza-se pelo ar de "eu cá sou bom"; gosta de anilhas nas garras; tem, pelo menos, uma unha desenvolvida para poder escavar túneis no seu nariz; ao fim de semana usa uma plumagem colorida feita de nylon e coberta com coleiras de um metal amarelo ou - quando o calor aperta - uma plumagem especial de alças que apenas cobre uma parte insignificante dos membros superiores que ficam junto ao pescoço (não posso usar a palavra superior e tuga estúpido na mesma frase).
Esta espécie no seu habitat natural (com a mulher e os filhos ou junto de amigos) tende a exibir-se na sua máxima pujança. Quando se encontra num sítio público onde existem as mais elementares regras de comportamento cívico, tende a ignorá-las e a chamar sobre si as atenções, grunhindo e rindo para os outros transeuntes que passam. Aquando da sua presença num Zoo, o que nos salta à vista é que as grades estão no sítio errado e os intervenientes trocados. O tuga estúpido adora provocar e acirrar os animais, enervando-os ainda mais que o simples facto de estarem enjaulados - como se isso já não bastasse. Adorava que nestas situações as grades se evaporassem e deixasse de haver a segurança que cobre esta cobardia e esta estupidez típica. O tuga estúpido adora fazer caretas e atirar restos de comida aos animais, apesar dos avisos para não o fazer. O tuga estúpido gosta de imitar o animal imediatamente superior na sua escala de evolução: o chimpanzé levantando os braços e coçando-os com a sua unha desenvolvida enquanto emite uns sons estranhos imperceptíveis às outras espécies.
O tuga estúpido infelizmente está em franca expansão e começa já a invadir todas as zonas anteriormente controladas por outras espécies. Consegue inclusivé, incutir o seu comportamento, desde muito cedo, aos novos exemplares da espécie: o tuguinha estúpido.
Urge acabar com esta espécie. Vamos exterminar esta espécie e deixar apenas dois exemplares - estéreis de preferência - em cativeiro para podermos observar o quão baixo pode a raça humana descer.
[ainda não é desta que compro um monte alentejano e me mudo de armas e bagagens para a costa vicentina...]
No Sábado, como previsto fomos ao Jardim Zoológico de Lisboa passar o dia. Demos uma voltinha pela quintinha, assistimos ao show do Leões Marinhos e dos Golfinhos, fomos ao reptilário, andámos de teleférico, vimos elefantes, girafas, zebras, suricatas, etc... mas os animais com quem estávamos sempre a dar de caras, só têm duas pernas, dois bracitos e um cérebro mais pequeno que uma ervilha: o tuga estúpido!
O tuga estúpido é uma espécie - infelizmente - longe da extinção. Caracteriza-se pelo ar de "eu cá sou bom"; gosta de anilhas nas garras; tem, pelo menos, uma unha desenvolvida para poder escavar túneis no seu nariz; ao fim de semana usa uma plumagem colorida feita de nylon e coberta com coleiras de um metal amarelo ou - quando o calor aperta - uma plumagem especial de alças que apenas cobre uma parte insignificante dos membros superiores que ficam junto ao pescoço (não posso usar a palavra superior e tuga estúpido na mesma frase).
Esta espécie no seu habitat natural (com a mulher e os filhos ou junto de amigos) tende a exibir-se na sua máxima pujança. Quando se encontra num sítio público onde existem as mais elementares regras de comportamento cívico, tende a ignorá-las e a chamar sobre si as atenções, grunhindo e rindo para os outros transeuntes que passam. Aquando da sua presença num Zoo, o que nos salta à vista é que as grades estão no sítio errado e os intervenientes trocados. O tuga estúpido adora provocar e acirrar os animais, enervando-os ainda mais que o simples facto de estarem enjaulados - como se isso já não bastasse. Adorava que nestas situações as grades se evaporassem e deixasse de haver a segurança que cobre esta cobardia e esta estupidez típica. O tuga estúpido adora fazer caretas e atirar restos de comida aos animais, apesar dos avisos para não o fazer. O tuga estúpido gosta de imitar o animal imediatamente superior na sua escala de evolução: o chimpanzé levantando os braços e coçando-os com a sua unha desenvolvida enquanto emite uns sons estranhos imperceptíveis às outras espécies.
O tuga estúpido infelizmente está em franca expansão e começa já a invadir todas as zonas anteriormente controladas por outras espécies. Consegue inclusivé, incutir o seu comportamento, desde muito cedo, aos novos exemplares da espécie: o tuguinha estúpido.
Urge acabar com esta espécie. Vamos exterminar esta espécie e deixar apenas dois exemplares - estéreis de preferência - em cativeiro para podermos observar o quão baixo pode a raça humana descer.
João
Fonte: Memorial do Convento
3 comentários:
Igualzinho que brasuca estúpido. Eita povo irmão! rsrsrs
« Pertenço a um país:
-Onde a falta de pontualidade é um hábito;
-Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano.
-Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e, depois, reclamam do governo por não limpar os esgotos.
-Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros.
-Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que é 'muito chato ter que ler') e não há consciência nem memória política, histórica nem económica.
-Onde os nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar projectos e leis que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe média e beneficiar alguns.
Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicas podem ser 'compradas', sem se fazer qualquer exame.
-Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme para não lhe dar o lugar.
-Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o peão.
-Um país onde fazemos muitas coisas erradas, mas estamos sempre a criticar os nossos governantes.
Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates, melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem corrompi um guarda de trânsito para não ser multado.
Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como português, apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim, o que me ajudou a pagar algumas dívidas.
Não. Não. Não. Já basta.
Como 'matéria prima' de um país, temos muitas coisas boas, mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que o nosso país precisa.
... Pertenço a um país:
... -Um país onde fazemos muitas coisas erradas, mas estamos sempre a criticar os nossos governantes.
Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates, melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem corrompi um guarda de trânsito para não ser multado.
Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como português, apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim, o que me ajudou a pagar algumas dívidas.
Não. Não. Não. Já basta.
Como 'matéria prima' de um país, temos muitas coisas boas, mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que o nosso país precisa.
...Está muito claro... Somos nós que temos que mudar.
Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a acontecer-nos:
Desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e, francamente, somos tolerantes com o fracasso.
É a indústria da desculpa e da estupidez.
Agora, depois desta mensagem, francamente, decidi procurar o responsável, não para o castigar, mas para lhe exigir (sim, exigir) que melhore o seu comportamento e que não se faça de mouco, de desentendido.
Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO DE QUE O ENCONTRAREI QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO.
AÍ ESTÁ. NÃO PRECISO PROCURÁ-LO NOUTRO LADO.
E você, o que pensa ?... MEDITE !
Eduardo Prado Coelho, in Público »
Sim , eu sou responsável , um dos milhões de responsáveis pelo estado do meu Portugal .
Rogério Maciel
Tenho que dar razão a seu Osiris deus lá no cimo, esse blogue é criativo, postagem é comentário e comentário é postagem.
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