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“Beethoven não tinha a graça cortesã, o gosto das bonitas casacas, as maneiras amáveis que tinham assegurado, juntamente com o talento, o triunfo do pequeno Mozart; não havia nele as harmonias que naturais se exalam, joviais e delicadas; era a força que se concentra e procura o seu caminho, era a batalha que se prepara em segredo, quase em silêncio, a suspensão temerosa que precede o fragor dos ribombos; quem o escutava achava-o estranho, pressentia-lhe a futura grandeza, mas afastava-se sem que um traço infantil o atraísse”[1]
[1] Beethoven, Lisboa, Edição do Autor, 1942, p. 6. Cf., igualmente, p. 9: “anunciava-se uma era nova para toda a humanidade, os peitos fremiam de entusiasmo e suportavam-se todas as violências do presente com a certeza de que dentro em breve todo o sonho doloroso estaria dissipado; era uma forte marcha do progresso e do triunfo a que devia ressoar em cada alma, não as brandas-melodias de Mozart”.
A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português".
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1 comentário:
Está visto que não há entre nós nenhum mozartiano. Faz falta o João Benard da Costa...
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