A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

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Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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quinta-feira, 16 de julho de 2009

"Toda a revolução precisa de inimigos; é impossível amar toda a gente, a menos que estejamos mortos." - Vladimir Ilyich Lenin


15 comentários:

Renato Epifânio disse...

Pelo vistos, ainda sou mais leninista que o Lenin: toda a revolução gera necessariamente inimigos; precise ou não deles...

Paulo Borges disse...

Que tudo gere inimigos é inevitável. O que é evitável é considerá-los como tal.

Paulo Borges disse...

Vejam-se as consequências da perspectiva de Lenin na história da Rússia e do mundo... Para mim, o MIL só tem sentido se transcender esta cegueira dualista nós-outros, amigos-inimigos, bem-mal. Foi isso que aprendi e aprendo com Agostinho da Silva e com os grandes mestres da humanidade. Os que nos atacam são, na verdade, os nossos melhores amigos, pois mostram-nos o egocentrismo que nos torna tão vulneráveis e limitados. Quanto aos amigos, podem tornar-se os mais sérios inimigos, levando-nos a nunca nos pormos em causa e a tomarmos os nossos limites por algo amável e a preservar.

Haver amigos e inimigos significa haver apego e aversão, ou seja, sofrimento. Isto é elementar.

Enquanto não se transcender isso não há revolução alguma. Apenas mais do mesmo.

Ruela disse...

Amigos e Inimigos existirão sempre...é saudável!

Paulo Borges disse...

Onde existe um Amigo e um Inimigo, em si e por si, existente como tal fora da mente que assim o percepciona? O simples facto de um Amigo para uns ser Inimigo para outros mostra que não há Amigos e Inimigos, mas apenas estados conceptuais e emocionais que os percepcionam como tais.

O mesmo se verifica aliás a respeito de tudo.

Renato Epifânio disse...

Não percebo a razão de tanta discordância a propósito de uma questão tão pacífica. Alguns pontos óbvios:

1) Toda a posição gera naturalmente oposição (independentemente da nossa vontade).

2) É verdade que não é saudável agir tendo como objectivo criar oposição.

3) Mas agir com a obsessão de não criar oposição só pode levar à inacção.

Logo...

Paulo Borges disse...

A questão não é essa. A questão é não ver a oposição como negativa. Mesmo ou sobretudo na política, o adversário pode e deve ser visto como um colaborador que convida ao reconhecimento e ultrapassagem dos limites do nosso pensamento e acção.

Entre acção e inacção há também o agir não agindo. Exteriormente há acção, em prol do maior bem para todos, com toda a aparente dualidade que supõe; interiormente há a serenidade de nada temer, desejar ou esperar. Essa é a acção absoluta.

Clarissa disse...

Os mortos são tão sensuais.

Paulo Borges disse...

Sobretudo consensuais.

Clarissa disse...

Tem toda a razão: con.

Clarissa disse...

Seria um quadro tão belo, tão emocionante, tão: «Os Mortos Só Sonham Com Mortos», pintura de Nabucodonusor, século XIII, Veneza.

Casimiro Ceivães disse...

Haver amigos e inimigos não significa necessariamente haver apego e aversão, e se não houver bem e mal não vejo qual seja o mal dos limites, ou mesmo qual seja o mal do sofrimento...

Há um texto belíssimo sobre o 'inimigo', do Saint-Exupéry; vou tentar publicá-lo mais logo.

Ruela disse...

sim é isso...também seria um pouco aborrecido!
É dos inimigos que vem a força para se continuar...


Sem fundamentalismos!

Paulo Borges disse...

Só há mal, limites e sofrimento para quem vive na dualidade, no apego e na aversão...

Casimiro Ceivães disse...

Ah. Há limites finistérricos, por assim dizer. E há limites que são como paredes de betão. As palavras não podem ser usadas assim.