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Há decerto alguma justeza em que a grandiosidade se manifeste – desse afã individual de ser reconhecido, desse apego ao mundo, se faz a cultura humana. A cultura é um exercício de poderio, mas até no poder pode haver asseio. A um grande homem colocam-se duas possibilidades de se relacionar com os outros homens: rodear-se de lacaios, ou rodear-se de iguais. Nesta diferença se manifesta se um grande homem quer ser obedecido, ou compreendido. No primeiro grupo estão os conspiradores de todos os fanatismos, políticos e religiosos, que têm assolado a humanidade; no segundo grupo, estão os obreiros espirituais da civilização humana, que souberam encontrar no desacordo dos seus pares os meios para combater as suas próprias imperfeições, éticas e sapienciais.Os primeiros caracterizam-se pela manipulação: transformam o que não têm por certo num teatro da verdade. Os segundos caracterizam-se pela ironia em relação às suas fortes convicções: expõem publicamente as contradições que encontram na sua verdade, reconhecendo que esse é o caminho que permite incentivar a crítica dos seus pares, que somente colocar-se na situação de abertura a essa oposição dialéctica é o garante de progredirem a uma verdade maior, arrastando outros nessa demanda. A esta via, que tem tanto de superior quanto de humilde, chamamos sabedoria, porque o sábio é aquele que assume, renovada e diligentemente (com alegria e entusiasmo, direi) a sua evolutiva condição de aprendiz.
Publicado no MILhafre:
http://mil-hafre.blogspot.com/2010/02/pequenez-em-bicos-de-pes.html
A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português".
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra).
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa).
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286.
Donde vimos, para onde vamos...

Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".
Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)
Albufeira, Alcáçovas, Alcochete, Alcoutim, Alhos Vedros, Aljezur, Aljustrel, Allariz (Galiza), Almada, Almodôvar, Alverca, Amadora, Amarante, Angra do Heroísmo, Arraiolos, Assomada (Cabo Verde), Aveiro, Azeitão, Baía (Brasil), Bairro Português de Malaca (Malásia), Barcelos, Batalha, Beja, Belmonte, Belo Horizonte (Brasil), Bissau (Guiné), Bombarral, Braga, Bragança, Brasília (Brasil), Cacém, Caldas da Rainha, Caneças, Campinas (Brasil), Carnide, Cascais, Castro Marim, Castro Verde, Chaves, Cidade Velha (Cabo Verde), Coimbra, Coruche, Díli (Timor), Elvas, Ericeira, Espinho, Estremoz, Évora, Faial, Famalicão, Faro, Felgueiras, Figueira da Foz, Freixo de Espada à Cinta, Fortaleza (Brasil), Guarda, Guimarães, Idanha-a-Nova, João Pessoa (Brasil), Juiz de Fora (Brasil), Lagoa, Lagos, Leiria, Lisboa, Loulé, Loures, Luanda (Angola), Mafra, Mangualde, Marco de Canavezes, Mem Martins, Messines, Mindelo (Cabo Verde), Mira, Mirandela, Montargil, Montijo, Murtosa, Nazaré, Nova Iorque (EUA), Odivelas, Oeiras, Olhão, Ourense (Galiza), Ovar, Pangim (Goa), Pinhel, Pisa (Itália), Ponte de Sor, Pontevedra (Galiza), Portalegre, Portimão, Porto, Praia (Cabo Verde), Queluz, Recife (Brasil), Redondo, Régua, Rio de Janeiro (Brasil), Rio Maior, Sabugal, Sacavém, Sagres, Santarém, Santiago de Compostela (Galiza), São Brás de Alportel, São João da Madeira, São João d’El Rei (Brasil), São Paulo (Brasil), Seixal, Sesimbra, Setúbal, Silves, Sintra, Tavira, Teresina (Brasil), Tomar, Torres Novas, Torres Vedras, Trofa, Turim (Itália), Viana do Castelo, Vigo (Galiza), Vila do Bispo, Vila Meã, Vila Nova de Cerveira, Vila Nova de Foz Côa, Vila Nova de São Bento, Vila Real, Vila Real de Santo António e Vila Viçosa.
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terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
domingo, 24 de janeiro de 2010
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
É tempo
A vida das nações, e sobretudo dos Estados, divorciou-se completamente das aspirações mais fundas do ser humano, que dificilmente se revê em manipulações contabilísticas, no cinzentismo burocrático e num politicamente correcto que nada dizem a quem assume a existência como aventura de conhecimento e comunhão amorosa com os outros e com tudo. É tempo de surgir uma alternativa social e cívica que nos remova do indiferentismo e da clausura na vida privada, dando outra cor e alento à vida pública.
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Do homem honesto e do homem vulgar
"O homem honesto considera o bem universal e não a vantagem particular, enquanto que o homem vulgar não vê senão a vantagem particular e não o bem universal"
- Confúcio, Analectos, II, 14.
- Confúcio, Analectos, II, 14.
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Pensamentos
(...) quando se perde humanidade, não vale a pena ser filósofo.
O que se quer é a totalidade de um homem
em potência lutando pela totalidade do
homem em acto.
Agostinho da Silva
(...)
Uma língua é o lugar onde se vê o mundo
e de ser nela pensamento e sensibilidade.
Da minha língua vê-se o mar.
(...)
Por isso a voz do mar foi em nós a da nossa inquietação.
Vergílio Ferrreira
O que se quer é a totalidade de um homem
em potência lutando pela totalidade do
homem em acto.
Agostinho da Silva
(...)
Uma língua é o lugar onde se vê o mundo
e de ser nela pensamento e sensibilidade.
Da minha língua vê-se o mar.
(...)
Por isso a voz do mar foi em nós a da nossa inquietação.
Vergílio Ferrreira
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Não vem anjo...
sábado, 7 de novembro de 2009
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Sistema
Não me apercebera do quão simples é o mundo. Vivia sob a impressão de que este era um lugar enorme e assustador. Mas uma vez percebido, é tudo tão fácil...
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Aprendizagem do Nada 7
Devorei uma alface, serei ecologista ou fera? Ou será pecado? Já tentei deixar de comer para não provocar a morte a nenhum ser vivo, mas o meu instinto de sobrevivência atraiçoa-me. E agora vou ver se encontro uns videos no youtube com cenouras a serem cortadas às rodelas e fundo musical do Quim Barreiros.
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
Aprendizagem do Nada 5
O profeta é um citador, imita vacas e gansos, repete o vrluuuum do vazadouro e os sinais.
domingo, 1 de novembro de 2009
Aprendizagem do Nada 4
Todos os autores são um: aquele que anunciou o juízo final e o paraíso das hortaliças.
sábado, 31 de outubro de 2009
Aprendizagem do Nada 3
Pisei um nariz mas antes tarde do que nunca, até os patos mudos dizem quem são. Tenho visto coisas lamentáveis e agora vou almoçar.
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Aprendizagem do Nada 2
A alcoviteirice das caixas é um ralo sem fundo. A polémica é feita na ágora, à luz e ao vento. Se abanarem um alcoviteiro pelo nariz cai-lhe o que guardava nos bolsos. O homem honesto não se esconde em buracos.
Como escrever textos interessantes
Temos as palavras e temos hífens, experimentem:
Pátr-ia
Por-tu-gal
Comple-tu-de
Ignor-ância
etc...
Pátr-ia
Por-tu-gal
Comple-tu-de
Ignor-ância
etc...
Aprendizagem do Nada
Puxem o nariz aos mortos e eles ressuscitam. A alma dos inexistentes está no nariz. O futuro do planeta está nos nossos narizes.
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