A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

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Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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quinta-feira, 30 de julho de 2009

Para que serve a Lusofonia?

A Lusofonia é o fenómeno de haver quem fale português: 240 milhões de falantes. Isso é um dado incontroverso. A questão, levantada na Declaração de Princípios e Objectivos do MIL, e até hoje sem resposta, é: qual o melhor sentido a dar à Lusofonia?

A forma que em mim assume essa questão, na linha de Pascoaes, Pessoa e Agostinho da Silva, é: como colocar a Lusofonia ao serviço de tudo e de todos, como fazer da Lusofonia um contributo para o bem do planeta e dos seus habitantes, humanos e não-humanos? Para essa questão, não vejo, desde o início da vida do MIL, qualquer resposta.

Alguém tem ideias?

15 comentários:

Renato Epifânio disse...

Pela minha parte, e como tenho reiteradamente dito, se defendo uma convergência entre os povos lusófonos é porque considero que essa convergência será benéfica para todos nós...

Paulo Borges disse...

Certo. É isso que todos esperamos. Mas porquê? E como?

E benéfica para quem? Só para os lusófonos ou para todos os habitantes do planeta?

Renato Epifânio disse...

Será benéfica, desde logo, para os lusófonos. E na medida em que a União Lusófona se constituir como um exemplo de civilização, será benéfica para os não-lusófonos, na medida em que estes sigam esse exemplo...

pmsap disse...

A convergência lusófona representa para mim a vitória do "ideal" sobre o interesseirismo dos factos consumados.

pmsap disse...

Quando no início as pessoas ligadas ao MIL falavam de municipalismo eu pensava que era uma faceta desnecessária que só poderia afastar pessoas desnecessariamente.

Hoje entendo, contra mim falo, ser uma das colunas fundamentais da convergência lusófona. As razões disso não são maioritariamente nem de justiça nem de eficácia, mas de fato.

Sou um português vivendo no Brasil. Esta experiência me fez ver que sinto na ordem dos afetos, do subconsciente etc. que se eu não puder escolher a língua portuguesa como minha pátria, então ela será indubitalvelmente a minha cidade: O Porto. Infelizmente não se chegam a estas conclusões raciocinando mas experimentando, com a mente livre e introspectiva.

Paulo Borges disse...

Mas porque e como será a União Lusófona benéfica para os lusófonos? E terá a Lusofonia possibilidade de ser um exemplo de civilização? E porque não terá a Lusofonia, pelo contrário, a aprender com muitos outros paradigmas civilizacionais?

Renato Epifânio disse...

1. A Lusofonia (enquanto língua), por si só, é um valor. E isso, por si só, já justificaria o MIL...
2. Quanto à União Lusófona enquanto exemplo civilizacional, isso obviamente é um longo caminho que nos cabe percorrer. Decerto aprendendo com outros (bons)exemplos...

Paulo Feitais disse...

Eu não vejo a lusofonia como uma nova constelação política, uma espécie de União dos povos lusófonos, feita continuando a colocar margens e fronteiras entre os povos.
Também penso que há fundos sapiensiais, dentro das comunidades e nações lusófonas, que desmentem o lusocentrismo a que se resumem muitas visões da lusofonia.
A lusofonia não deve confundir-se com o lusocentrismo. E abarca muito mais do que o universo da Língua Portuguesa. Ela própria um útero gestante de novas línguas e de novas formas de dizer e de ser.
É da disseminação deste fermento de apeiricidade que se faz a lusofonia, neste sentido não existem não-lusófonos.
E mais do que ser exemplo para os outros temos que, pela primeira vez na História, prestar atenção aos que não precisam de exemplos para viverem a harmonia com o planeta, os povos e comunidades, lusófonos e fora da esfera estrita da lusofonia, que vêem a suas culturas ameaçadas pela globalização.
Mas isto é chão para dar muitas uvas.
:)

Paulo Borges disse...

Perfeitamente de acordo, Paulo! Tocaste nas grandes questões e abriste para o repensar da Lusofonia à luz de um novo paradigma que urge desenvolver, como alternativa à perspectiva lusocêntrica que nunca, e felizmente, vingará, sobretudo nas ex-colónias.

Exorto-te a plantares nesse chão.

Luso-fonia, para mim, é a voz de Luso, o mítico companheiro de Dioniso, fundador da Lusitânia. A voz de Luso, ou seja, de acordo com a etimologia grega, a voz da Libertação.

Urge promover a Lusofonia como voz de Libertação universal, a libertação de todos os falsos poderes que oprimem o mundo e os seres vivos. Esse é o sentido da pedra que derruba a estátua e se converte em montanha que enche a terra, o sentido do Quinto Império. Uma União Lusófona, centrada no poder político-económico, é ainda um avatar do IV Império, romano ou europeu, que há que abater. É uma visão reaccionária do sopro profético-messiânico e libertador que atravessa o melhor da cultura portuguesa e lusófona.

As coisas tornam-se claras e as águas apartam-se.

Unknown disse...

A Lusofonia terá, na minha opinião, duas dimensões complementares (não antagónicas). Uma de dimensão interior, espiritual, que não religiosa formal, baseada no respeito das várias espiritualidades como diferentes reflexos da inspiração numinosa. Esta dimensão não tem que ser dita, nem transformada em bandeira. Apenas o exemplo do respirar tolerância. A outra a dimensão exterior será o reflexo da primeira e afirmará o primado da cooperação como forma de desenvolvimento humano, o fim da exploração do homem pelo homem, a fraternidade humana já não como utopia ideológica mas como medida de desenvolvimento, prática e eficaz. Mostrar com exemplos de altruismo fraterno, que o mal de uns nos atinge a todos, mostrar que povos como Timor e Guiné-Bissau podem ser casos de sucesso, assim que desapareçam os paradigmas da exploração e da "caridade" (vista como forma de prosseguir com a exploração). A CPLP contém em si um microcosmos planetário que se pode transformar em exemplo de sustentabilidade e auto-suficiencia cooperativa colectiva. Se o desafio da cooperação paritária inter-estados for vencido brilhará bem alto um excelente exemplo para toda a Humanidade. O desafio é descobrirmo-nos a nós próprios no outro, fazendo cada um, de acordo com as suas capacidades, trabalho para o bem colectivo, criando abundância para todos.

Foi para isto que se fez Portugal. Depois de derrotada a versão do Império egóico que foi uma etapa que mostrou as suas limitações, chega-nos o desafio do Imperador Menino meta-português, Lusófono, e finalmente apenas Humano.

Paulo Borges disse...

Caro Miguel, inteiramente de acordo. Mas a CPLP e cada um dos seus estados-membros já demonstraram que não é por aí que vão nem por aí que querem ir. Pelo contrário, o que promovem cada vez mais é o capitalismo neoliberal. Não sejamos ingénuos. Nada há a esperar de Estados e governos.

A Lusofonia libertadora tem de vir de fora de tudo isso.

Unknown disse...

Caro Paulo,

A CPLP apenas demonstrou que "para já" não quer ir por aí. Como dizes e bem numa primeira fase esse trabalho tem que ser feito por fora uma vez que os estados da CPLP se movimentam ainda num paradigma anterior.

Numa segunda fase os estados e a CPLP descobrirão vantagens egoicas em abraçar o novo paradigma. E acredito que numa terecira fase compreenderão a validade da nova proposta.

A nós que aspiramos que essas novas relações humanas se materializem, cabe-nos o papel ingrato de mostrar a sua viabilidade sem varinhas mágicas. Tal como fez Mestre Agostinho, fundar Universidades sem recursos, mostrar com o exemplo próprio como tal pode funcionar.

O próprio Agostinho nalgumas matérias bem complicadas enunciou postulados mas não deixou pistas suficientes.

Gigantesco e aliciante é o Trabalho.

Renato Epifânio disse...

Nem 8 nem 80. Nada se poderá fazer completamente à margem do Estado e dos Governos...

Paulo Borges disse...

Sim, nada se poderá fazer... Tudo sim.

AAG News disse...

"Nos séculos 22, 23 e 24, depois de instaurada a Anarquia no planeta Terra no ano 2050 e com a colonização do sistema solar já estabilizada, os anarco-lusófonos partem para a colonozição de outros sistemas, a saga recomeça e é com sucesso que diversos planetas adotam o português como língua oficial.

A CPLP, conquista assim um lugar de destaque na Confederação Galática, a república que reune milhares de planetas de centenas de sistemas arquistas e anarquistas."

extraído do livro,"Memórias da Anarquia", escrito por Jerílio, no ano 2480 a bordo da nave de repouso espiritual em que Jerílio se encontra meditando e escrevendo, depois de ter abandonado o Planeta Verde, (3º episódio das Aventuras de Jerílio), onde através do Cristal do Tempo, acede à história dos épicos anos de instauração anarquista no planeta Terra, entre 2050 a 2475."

Jerílio