O fotógrafo moçambicano Ricardo Rangel, 85 anos, morreu no dia 11 deste mês, em Maputo, enquanto dormia, disse uma fonte familiar. Ricardo Rangel é uma referência da fotografia em Moçambique, através da qual denunciou a ditadura colonial, participando em dezenas de exposições em diversos países, incluindo o Museu Guggenhheim, em Nova York. Foi condecorado com o grau de Oficial das Artes e Letras pelo governo francês. Começou a trabalhar na área da fotografia aos 17 anos num laboratório, passou pelo jornal bilingue “Lourenço Marques Guardian” e depois entrou para o jornal “Notícias da Tarde”, onde foi o primeiro foto-jornalista não branco. Na década de 60 foi editor do jornal “A Tribuna” e trabalhou posteriormente em outros órgãos de comunicação, como o “Diário de Moçambique” ou “Voz Africana”, sendo co-fundador no início da década seguinte da revista “Tempo”, a primeira a usar cor em Moçambique. Já depois da independência foi editor de fotografia no jornal “Notícias” e depois do semanário “Domingo”, estando na origem, em 1981, da Associação Moçambicana de Fotografia. A partir de 1984 criou e dirigiu o primeiro Centro de Formação de Fotografia.
Fonte: Lusa/SOL
Sem comentários:
Enviar um comentário