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O presidente da Comissão Galega do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, José Luís Fontela, disse hoje à agência Lusa que pediu asilo político ao Governo português, como primeiro passo para pedir nacionalidade portuguesa.
"Quero liberdade. Pedi asilo político para que não me tirem direitos, liberdades e garantias", disse José Luís Fontela, advogado, poeta e escritor, acusando os serviços de informação espanhóis de "controle de correspondência" e "sequestro de livros".
Fontela, natural da Galiza, referiu que vive em Portugal "desde 1992", primeiro em Viana do Castelo, depois em Valença, onde ainda tem residência oficial, e agora em Braga, onde quer continuar a viver.
O pedido de asilo político, enviado por carta ao Conselho de Ministros, é o "primeiro passo" para pedir a nacionalidade portuguesa, mas José Luís Fontela aceita outro estatuto.
"Se me derem estatuto de apátrida, fico contentíssimo", salientou.
O advogado e poeta afirmou que desde os nove anos que lhe chamam "separatista", por ser republicano, tal como o seu pai, e defender o Português como língua oficial e nacional da Galiza.
"Defendemos a língua portuguesa como língua oficial da Galiza. É uma linha cultural. Aqui não há nada de político", frisou, afirmando-se "republicano, federalista, democrata e socialista".
José Luís Fontela referiu que enviou da Galiza vários livros de poemas, de linguística, de pintura e de escultura para pessoas de outros países, como a Alemanha e o Brasil, mas não chegaram ao destino.
A seguir, fez o mesmo a partir de Portugal, e os livros chegaram, pelo que concluiu que os serviços de informação espanhóis, que apelidou de "polícia política monárquica", estão a fazer "controles de correspondência" e a "sequestrar cartas e livros".
Fontela disse ainda que anexou ao pedido enviado ao Governo português uma carta dirigida ao ministro do Interior de Espanha em que denuncia os alegados sequestros de correspondência.
Fonte: http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1386181&idCanal=14
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quinta-feira, 11 de junho de 2009
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2 comentários:
Uma história a seguir com atenção...
As perseguições são muitas, essa é só mais uma...
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