A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

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Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

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quarta-feira, 17 de junho de 2009

"Não temos dicionário da Academia, não temos vocabulário, técnico e científico..."

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Lisboa, 17 Jun (Lusa) - O ministro da Cultura, José António Pinto Ribeiro, defendeu hoje a criação de um academia dedicada à Língua Portuguesa porque o modelo da actual Academia das Ciências de Lisboa está "esgotado".

Pinto Ribeiro falava na Comissão Parlamentar Sociedade, Ética e Cultura, naquela que é a sua última intervenção na actual legislatura parlamentar, onde advogou que a futura academia "tenha competência normativa".

O ministro deu como exemplo a Real Academia da Língua Espanhola que "tem como função preservar a unidade da língua e o seu objectivo é tratar da Língua Espanhola com o objectivo de a fixar, a limpar, dar brilho, de preservar a sua unidade".

Em Portugal "não temos nenhum instrumento" para cumprir esse objectivo, disse Pinto Ribeiro.

"Não temos dicionário da Academia, não temos vocabulário, técnico e científico, não temos um conjunto de instrumentos de Língua. Não fazemos aquilo que a Real Academia Espanhola faz que é em cada 48 horas responder a todas as perguntas de língua que lhe são feitas".

Perante os deputados o ministro incluiu a criação desta Academia de Língua Portuguesa num conjunto de instrumentos de defesa da Língua Portuguesa, aos quais se juntam ainda a refundação do Instituto Camões, a criação do Fundo da Língua Portuguesa e o Novo Acordo Ortográfico.

SS.

Lusa/Fim

9 comentários:

Casimiro Ceivães disse...

Cá está o problema de fundo. Deve, ou, alguém ter 'competência normativa' sobre a língua?

Explico o que isto significa: numa linha 'dura', a normatividade é jurídica: a língua consta de um Decreto-Lei (Deve ou não ser ILEGAL escrever "óptimo"?).

Numa linha 'soft', a normatividade é "social": há um conjunto de pessoas 'chiques', 'urbanas', 'civilizadas', que conhecem as regras (curiosamente, também as fazem e alteram); há os outros, que têm muito que aprender.

Casimiro Ceivães disse...

Errata, 2.ª linha acima. "Deve, ou não...".

José Pires F. disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
José Pires F. disse...

Sobre a língua claro que não, mas sobre a ortografia sim. Isto, porque, não se trata de falar, mas de escrever com correspondência à fala e, para isso, têm de existir normas e quem proponha as normas; dicionaristas, gramáticos, linguistas etc. Nesse sentido, a criação de uma academia compreende-se mais que nunca, hoje Portugal já não domina a ortografia, precisa portanto de se precaver.
Sobre a questão de dever ser ilegal ou não escrever óptimo, acho que não. As novas normas vão entrando aos poucos e com o tempo nos hábitos dos escreventes, sempre foi assim e o contrário seria um absurdo. (é claro que no caso do ensino, o português deve ser ensinado com a normativa actual, assim como o Estado o deve também aplicar de imediato)

Casimiro Ceivães disse...

Caríssimo:

A fala de quem? Em metade de Portugal "vaca" DIZ-SE com "b".

Correspondência à fala? Vale a pena ler o primeiro número da "Águia", logo a seguir a 1910: "OJE O OMEM...", propunha um dos autores. E vale a pena meditar no texto de Pascoaes sobre isso, já que dele tanto se fala aqui.

A fronteira entre 'propor uma norma' e 'impô-la socialmente' é muito ténue. Se eu lhe aparecer para um almoço com uma gravata com o Pai Natal, o meu amigo ainda que inconscientemente reterá 'uma boa ideia', ou 'um horror a evitar'... Somos amigos, somos iguais. Se eu for um professor e chamar 'mal vestidos' a alguns alunos, a situação é levemente diferente... e por aí fora.

Note a curiosíssima palavra "estória" (eu detesto-a, mas isso não vem ao caso) que nasceu num romance, não foi aprovada por nenhuma lei e espalhou-se completamente. Isso acho aceitável, acho bom, goste ou não, siga ou não siga...

Quanto ao 'ilegal', tecnicamente é isso que acontece (em rigor, 'ilícito', mas esta palavra é já calão de jurista). Não significa prender ou multar quem a violar. Mas é um comportamento 'contrário a uma lei', e não adianta fingir que não...

Abraço!

Casimiro Ceivães disse...

E, claro - que comportamentos não serão aceites "se educarmos as criancinhas desde pequeninas para isso"?

José Pires F. disse...

Casimiro,

Eu continuo a escrever História e o meu tio lá no norte vai continuar a dizer baca. E depois, alguém vai preso por isso?

Mais a sério:

Se tivermos em atenção a combinatória de uma imagem acústica com um significante e, na definição, tivermos em conta a língua escrita, concluiremos que, o significante não intervém só na imagem acústica mas também na imagem gráfica, depois, a ortografia é artificial porque resulta de um conjunto de regras político-administrativas convencionadas e não de séculos de interacção entre fala e escrita, não é uma coisa natural. O resultado, pese embora a quem com honestidade intelectual é contra o Acordo defendendo razões culturais e históricas da grafia (graphia) de cada palavra, tem sido o de não existir qualquer estratégia para se escrever correctamente que não passe pela memorização do léxico e também pela interiorização das regras devido à experiência que vamos adquirindo.

Quanto à fronteira, não sou tão pessimista. Eu, por exemplo, acho difícil adaptar-me, mas entendo que a língua, é um organismo vivo que muda e se adapta aos tempos e costumes, logo a grafia tem de a seguir, não fosse isso e ainda escreveríamos monarchia como o fazia Fernando Pessoa depois da reforma de 1911.

Portugal, enquanto Pátria da lusófonia, só tem a ganhar, pois, para além de simplificar a escrita ao retirar parte das consoantes sem valor fonético e que só existem por tradição ortográfica e similaridade do português com outras línguas românicas, simplifica também o processo de escrita e o de aprendizagem, já que, não altera a sintaxe, não cria ou elimina qualquer palavra, nem existe a intenção de acompanhar no extremo a naturalidade com que se fala, nem tão-pouco interfere com a coexistência ou regras linguísticas regionais, depois, é também essencial para a unificação institucional e plural da língua nos países da CPLP que, unificada, ganhará poder de afirmação nas instâncias internacionais e é, uma medida fulcral para que a língua dos lusofalantes continue bem de saúde, não siga rumos diferentes.

Forte abraço, Casimiro.

José Pires F. disse...

PS: Eu acredito que muitos dos opositores, são-no por uma forte componente da dimensão afectiva, mas acredito que acabarão por concluir que as alterações contribuem para um valor mais alto que é a unificação, tendo o nacional objectivo de manter viva uma das línguas mais faladas no mundo, projectando-a internacionalmente.
Isto para mim sim, é importante.

Casimiro Ceivães disse...

Caro: com certeza. A 'afirmação internacional', etc. Já ouço os canhões a marchar.

Quando a ONU fizer uma resolução dizendo que 'buses must not pollute', a versão lusófona vai falar de bondes ou de autocarros?