A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português".
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terça-feira, 30 de junho de 2009
A Nação é o Indivíduo Imortal
A colectividade, apesar de ser o conjunto de todos os seus indivíduos, funciona exactamente como um indivíduo a mais. Assim como se no mundo houvesse toda a gente que existe e mais uma pessoa: esta pessoa seria exactamente todos num só. A colectividade é também um indivíduo, um indivíduo como qualquer outro, mas é o indivíduo colectivo, na verdade colectivo e indivíduo. Com a vantagem sobre qualquer outro de não estar sujeito, como nós, às vacilações de um organismo mortal. A colectividade é o indivíduo imortal. Feito da mesma massa humana que qualquer de nós, os indivíduos mortais.
Almada Negreiros, in Textos de Intervenção
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11 comentários:
Não vou dizer que isto é proto-fascista, porque seria banal. Agora é tribalismo totémico, sem qualquer fundamento racional. Um "indivíduo colectivo", um in-diviso múltiplo, é uma contradição pura. E como será imortal algo feito da mesma "massa humana" que os mortais?
É um texto datado, sem qualquer fundamento no que hoje se revela como a natureza do real, em todos os seus níveis: a interdependência, a impossibilidade de encontrar entidades autónomas e substanciais, existentes em si e por si.
O génio artístico de quem assina não chega para legitimar o texto.
Agradeço o seu comentário, mas penso que extrapolou demasiado o sentido do texto, o qual é na minha opinião, perfeitamente legítimo nos dias de hoje.
Falar de fascismo e tribalismo totémico é tentar aplicar rótulos políticos, que para mim são ofensivos, já que não se identificam nem comigo nem com o texto.
A nação é o preservativo do povo.
Não vejo porque se há-de sentir ofendida, pois não falo de si, apenas do texto. Faço a minha interpretação e não me diz quais as razões porque ela não é correcta. Vejo aliás que publica acima um outro post, com uma citação de Heidegger, com a qual já concordo completamente, mas que me parece antagónica ao texto de Almada.
Claro que não temos de fazer posts coerentes entre si. Foi o caso?
"a impossibilidade de encontrar entidades autónomas e substanciais, existentes em si e por si."
Qualquer sistema autopoiético tem essas características. É mesmo o que mais há por aí.
A menos que brinquemos com o significado de "em si e por si", ao modo dos teólogos medievais.
Desafio-o a encontrar um único fenómeno que exista independemente de todos os outros e das consciências onde se manifesta...
Oh Paulo, esse é exactamente o tal "em si e por si" que só pode ser visto como jocoso. Nessa definição radical, estamos a falar do 'deus' dos filósofos ocidentais, cristãos e teístas. Mas desafio-o a encontrar rasto para isso no texto do Almada ou em qualquer outro que não seja de pura filosofia ou teologia, seja fascista, democrático, tribal, feminista ou neo-ecologista...
Os seres humanos partem de certos postulados, como o de que o mundo existe na sua forma aparente, quando pretendem fazer coisas simples como barrar manteiga no pão, atravessar uma rua, escolher um governante e um programa de governo ou chicotear um elefante de circo.
Pergunto-me se será verdadeiramente necessário discutir até ao fim (?) a verdadeira e última essência do touro, do universo, da consciência e do real antes de decidir da proibição ou permissão de uma tourada.
Se for, é dramático. Se não for, de facto temo o Rei-Filósofo. Porque de duas uma: ou ainda está a filosofar, e não reina, ou já filosofou, e não sei como o distinguir de um ditador.
"nem um só cabelo cairá de vossas cabeças sem que o Pai o saiba e consinta" - eis como o pensamento cristão vê essa imaginária 'autonomia radical' das coisas e dos seres...
Paulo Borges: Obrigada pelo seu esclarecimento.
A citação de Heidegger é uma confirmação do texto de Almada e não uma contradição, daí o facto de a ter publicado imediatamente a seguir.
Não temos de fazer posts coerentes entre si, mas este não foi o caso.
Um problema de cores... há mais problemas de visão além de ser daltónico.
Casimiro, desta vez não o percebo de todo. Estranho todavia o seu temor da filosofia.
Na verdade este blogue é um diálogo de surdos-mudos. Pergunto-me tantas vezes se vale a pena tudo isto existir... Infelizmente sou teimoso.
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