A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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terça-feira, 30 de junho de 2009

Trans-Pátria - "Somos portugueses antes de sermos homens - eis a doença da hiperidentidade que nos corrói"

"Suponhamos que o nosso verdadeiro problema é a identidade. Suponhamos que a raiz do nosso mal são os nossos problemas de identidade individual e colectiva. Mas o que significa para nós, portugueses, ter problemas de identidade? Antes de mais, fazer da identidade um problema, o problema nuclear da nossa existência e da nossa cultura [...].
[...] Eis os seus pressupostos: 1. O que é a nossa identidade - no sentido em que se apresenta como a última protecção narcísica e derradeiro obstáculo à transformação do indivíduo português? Definamo-la assim: é o surgir do rosto do eu, como condição de possibilidade de afirmação de todos os atributos "mundanos" do indivíduo, da afirmação deste como sujeito, antes do surgimento da singularidade do indivíduo como homem, ser nu em devir. Neste sentido a identidade é uma patologia de que o eu é o vírus despótico. Eu uno, unificador e omnipresente. Em tudo, na acção, na fala, nas relações sociais, na vida profissional, no espaço público, nós somos "fulanos de tal", somos pessoais e auto-reflexivos (ao contrário da criança ou do artista ou artesão, perdidos no objecto e no jogo). Somos portugueses antes de sermos homens - eis a doença da hiperidentidade que nos corrói. 2. A nossa falta de confiança, a inércia, a autocomplacência, o queixume e a inveja são pragas nacionais que nos envenenam. Todas decorrem naturalmente do tipo de subjectividade produzida pela doença da identidade. Esta fecha-nos em nós mesmos, impedindo-nos de criar um "fora", ar e vento livres, respiração para viver"

- José Gil, Em Busca da Identidade. O desnorte, Lisboa, Relógio d'Água, 2009, pp.9-10.

José Gil é hoje um dos autores com quem, nesta questão da identidade nacional, mais concordo e discordo. Concordo com o que diz, discordando das razões pelas quais o diz e das consequências que daí extrai. Mas a ver vamos. Comecei agora mesmo a ler este seu último livro.

5 comentários:

Rasputine disse...

A identidade é uma bomba-relógio.

Rui Martins disse...

be, goste-se dele ou não (eu gosto) um mérito inegável teve:
colocou toda a gente a debater sobre a identidade de Portugal.
E esse é um exercício essencial para darmos a volta...

Rasputine disse...

A dar a volta e às voltas anda tudo neste mundo-carrossel mágico. Cada volta é o tique-taque da bomba.

Paulo Borges disse...

Resta saber se este hiperdebate sobre a nossa (hiper)identidade não faz parte do problema...

Casimiro Ceivães disse...

Por mim, não se fala mais no assunto :)