
1. Estando a preparar uma comunicação para um Congresso, ando a reler textos de personalidades da Seara Nova: nomeadamente, do Raul Proença e do António Sérgio. O percurso político deste grupo é deveras curioso…
2. Sendo democratas, inequivocamente, acompanharam, com evidente desgosto e ainda maior raiva, todo o processo de enquistamento partidocrático da I República. Regime que, com o passar dos anos, se tornou numa cada vez maior farsa democrática. Sim, a não condescendência com o Estado Novo não nos deve levar a mitificar a I República, como em geral, por ignorância histórica, se faz...
3. De tal modo concluíram que a situação não tinha saída, que chegaram a teorizar a necessidade de uma Ditadura. E ela, ainda que não por consequência, chegou, com o golpe militar de 28 de Maio de 1926…
4. Hoje, estamos bem longe dessa situação. Desde logo, não é equacionável qualquer espécie de golpe militar. Nem qualquer espécie de suspensão das liberdades cívicas e políticas…
5. Dito isto, assiste-se igualmente a um processo de enquistamento partidocrático. Como diversos estudos de opinião o comprovam, há um fosso crescente entre os partidos políticos, no seu conjunto, e a sociedade. Basta, de resto, andar na rua com os ouvidos abertos para o saber…
6. Todos os regimes políticos, ou renovam-se por dentro, ou originam situações de ruptura. É preferível, pois, que se renovem…
P.S.: A esse respeito, e desculpe a insistência (eu sei que sou chato), já assinou a Petição MIL?
CONTRA A PARTIDOCRACIA, EM PROL DE UMA VERDADEIRA DEMOCRACIA REPRESENTATIVA:
http://www.gopetition.com/online/26885.html
2 comentários:
Eu já! Infelizmente só posso assinar uma vez.
Mas já trabalhei para que outros também assinassem.
Não tenho tanta certeza na parte da 'suspensão das liberdades'...
Ainda que sempre fosse preciso, previamente, defini-las.
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