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DESENVOLVIMENTO E CRESCIMENTO
Qual o significado? Convergências e divergências
Por Guilherme Santos[1]
Desenvolvimento e crescimento, é um tema actual e preocupação de pesquisas, estudos e de debate ao nível mundial e nos países como é o caso Angola. Ademais, numa altura em o mundo está a atravessar profundas mudanças de paradigmas, torna-se ainda mais um assunto de interesse social, económico, cultural e político e outras dimensões.
A apresentação deste tema no dia 16 de Abril, promovido pelo associação Omunga em Benguela, tem por objectivo dar subsídios para animar o debate, e não tem a pretensão de ser uma apresentação puramente teórica, tão-pouco académica, mas sim uma abordagem que parte do conhecimento construído no debate, na aprendizagem social[2] e organizacional[3], na observação e leitura atenta dos fenómenos sociais e fazendo recurso a quadros de referência e conceitos aplicados aos processos empíricos. Logo, é uma abordagem experiencial, mas procura não perder de vista o rigor da cientificidade.
A primeira questão que fizemos é colocar aquilo que consideramos as quatro armadilhas ou equívocos de ordem filosóficos, conceptuais, operacional e prático quanto se usa o termo desenvolvimento no contexto de Angola. Utiliza-se o termo de todas formas e há pouca preocupação em clarificar a identidade conceptual, o aspecto ou a dimensão do desenvolvimento ou crescimento de que se refere. Estas armadilhas ou equívocos são barreiras que precisam ser superados.
A seguir, fizemos uma breve incursão na evolução do conceito de desenvolvimento na perspectiva mundial, a partir de meados do século XIX e as consequências que isso teve nas relações entre os países ditos desenvolvidos e subdesenvolvidos.
A terceira parte contém a nossa opinião sobre crescimento e/ou desenvolvimento em Angola e quais são os indicadores/evidência dessa sugestão.
Depois procuramos colocar quais são os princípios e os fundamentos subjacentes ao conceito de desenvolvimento que defendemos.
Ao abordarmos a questão do desenvolvimento e crescimento é preciso situar a relação deste assunto com a pobreza, vista nas diferentes dimensões. São os conteúdos que constam desta parte.
No ponto seguinte são apresentados os diferentes paradigmas, enfoques e concepções sobre desenvolvimento, assim como as usas implicações na relação entre o desenvolvimento e a democracia e o desenvolvimento e a sustentabilidade. Este quadro de referência ajuda a sairmos das visões simplistas e redutoras acerca deste assunto e compreender parte da sua complexidade.
Na penúltima parte desta apresentação estão duas propostas: uma proposta de quais são os elementos de educação para o desenvolvimento que podem ser importantes na educação formal e na educação não formal. A segunda é uma proposta acerca das dimensões a ter em conta num modelo de desenvolvimento de um país ou de uma comunidade.
Finalmente, os elementos que podem ser obstáculos ou facilitadores para estas propostas, bem como as conclusões e a bibliografia consultada.
É percorrendo estes pontos que vai-se identificando qual é o significado do desenvolvimento e crescimento, quais são as convergências e quais as divergências entre elas.
Lubango, 12 de Abril de 2009
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APROVEITAMOS PARA INFORMAR QUE, POR RAZÕES IMPREVISTAS, O DEBATE REALIZAR-SE-Á NA UNIVERSIDADE DE BENGUELA E NÃO NO SOLAR DOS LEÕES
[1] Presidente do conselho Directivo da ADRA; Vice-Presidente do Centro de Estudos para o Desenvolvimento, sediado no Lubango e assessor independente em questões de desenvolvimento – educação formal e não formal, projectos comunitários, sociedade civil, desenvolvimento e aprendizagem organizacional.
[2] Ao nível da sociedade civil
[3] Na ADRA Angola, a organização com a qual mantém um vínculo a cerca de vinte anos; na ACORD, Agência de Cooperação e Pesquisa para o Desenvolvimento, onde trabalhou como coordenador de programa e depois representante em Angola durante 12 anos; a SNV - Organização Holandesa de Desenvolvimento onde trabalhou como assessor sénior.
A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português".
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quarta-feira, 15 de abril de 2009
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