A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

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Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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domingo, 15 de março de 2009

O MIL ENQUANTO MOVIMENTO DE INDIGNAÇÃO LUSÓFONA

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Aqui há dias escreveu o Paulo (Borges) que o MIL se deveria tornar também num movimento de indignação, mais precisamente, num movimento que desse voz à indignação que se sente um pouco por todo o lado…

Não poderia estar mais de acordo. Para mais, o MIL está numa situação “privilegiada”. Como não depende de subsídios estatais ou de quaisquer outras benesses, não tem qualquer mordaça…

O mesmo não acontece, como todos sabemos, com muitas outras entidades da dita sociedade civil. Em Portugal continua a haver censura – decerto, não tão óbvia como no anterior regime. Ainda assim, vai havendo mais liberdade do que em muitos outros locais do espaço lusófono…

Obviamente, o MIL não se deverá tornar num simples movimento de protesto – daqueles que berram muito alto mas de forma inconsequente, sem apresentarem qualquer proposta. Em momento algum o MIL deve perder a singularidade da sua voz, que também já vai sendo, cada vez mais, reconhecida…

Um exemplo: volta e meia, recebemos e-mails a denunciarem a situação escandalosa dos ordenados e reformas das pessoas que ocupam os mais altos cargos na função pública. O “argumento” é sempre o mesmo: se não lhes damos essas “benesses”, eles não vêm para a função pública…

A esse respeito, importa decerto protestar e dar voz a toda a indignação. Mas isso não chega. Mais do que isso, importa fazer um discurso que recupere alguns valores – pois é aí, desde logo, nos valores (ou na falta deles) que a actual crise radica…

Em primeiro lugar, o valor do “serviço público”. Dizer que “os melhores de nós” não estão dispostos a trabalhar na função pública se não lhes dermos as tais benesses da privada é afrontoso e denota uma completa inversão de valores. Se são de facto “os melhores de nós”, deveriam ser os primeiros a sacrificar-se pelo bem comum…

Obviamente, tudo isso começa antes. Perdeu-se, quase que inteiramente, esse valor do serviço público, do serviço à comunidade, diria mesmo, do serviço à Pátria. O PC (Politicamente Correcto) diz-nos que é demasiado reaccionário…

Uma ideia “herética”: já que se acabou com o serviço militar obrigatório, porque não instituir um serviço cívico obrigatório? Um ano em que, no final do ensino secundário, todos os nossos jovens dedicassem parte substantiva do seu tempo à comunidade…

8 comentários:

Ana Margarida Esteves disse...

Que patriotismo pode haver quando a patria se revela madrasta e continua a excluir, a explorar, a desperdicar talentos e a obrigar tanta gente a a emigracao ao a adiar os seus sonhos para sobreviver?

Para haver patriotismo tem de haver condicoes para que as pessoas se sintam felizes e realizadas na patria.

Sim, ha o argumento de que e preciso patriotismo para que essas condicoes surjam, mas da minha parte tenho muitas duvidas.

Para que o patriotismo surja, e preciso condicoes concretas que o promovam.

Isso nao se faz com discursos, artigos ou propaganda. Faz-se com uma mudanca politica e economica, com mais igualdade social, com o desmantelamento de uma cultura de nepotismo, com a instituicao de uma meritocracia autentica, com o calar das snobeiras, pedantices e dos preconceitos sociais que tanto caracterizam a nossa sociabilidade e vida cultural, com a redescoberta sadia e nao-instrumentalizada das raizes e dos habitos de um povo, para que este se reveja a si mesmo e nao para que seja utilizado para propositos mistico-politicos.

Paulo Borges disse...

Recordo que a Declaração de Princípios e Objectivos do MIL não diz apenas respeito ao espaço lusófono e contém um conjunto amplo de finalidades relativas à nação portuguesa, que não podem ser esquecidas. Na verdade, sem arrumarmos primeiro a nossa casa, torna-se difícil contribuir para a melhoria da comunidade lusófona e do mundo. Era isso que pensava Agostinho da Silva.
Creio mesmo que o MIL, enquanto movimento de mobilização cívica no espaço nacional, tem uma margem mais ampla e rápida de crescimento do que enquanto meramente promotor da causa lusófona, que não é compreensivelmente uma causa popular, num momento em que Portugal atravessa tantas dificuldades. Gostemos ou não, as pessoas preocupam-se sempre mais imediatamente consigo e com aquilo que é "seu", com o qual mais imediatamente se identificam. Nesse sentido, creio que o discurso e as propostas sobre a Lusofonia não podem deixar de ser, talvez primeiro que tudo, um discurso e propostas sobre Portugal. Isto, todavia, com uma forte tónica supra-partidária, pois é isso que as pessoas pretendem: uma alternativa ao discurso da partidocracia e dos candidatos a partidocratas. É preciso relançar o sentido de Portugal como comunidade ético-cultural, com valores fundamentais a preservar, desde a espiritualidade à justiça social e económica. O que não é fácil, pois os lobbys económico-políticos estão perfeitamente instalados no aparelho de Estado, no marasmo das consciências e na debilidade das vontades. Mas não ser fácil deve ser um estímulo, se a alma não é pequena.

Ana Margarida Esteves disse...

Ha paises onde o servico militar e obrigatoria, tal como a Noruega, onde o servico civico e apresentado como alternativa para objectores de consciencia.

Existe a opcao de passar pelo menos parte desse periodo num pais em vias de desenvolvimento como voluntario nas areas de saude, educacao e desenvolvimento economico.

A ser implementado em, Portugal, onde e desaconselhavel o retorno ao servico militar obrigatorio, deveria ser incluido na educacao formal, dando-lhe a vertente practica, civica e humanista que tanto lhe faz falta.

Isto para nao ser visto como "uma seca", "trabalho escravo", ou entrave ao desenvolvimento mais das carreiras e realizacao dos sonhos projectados pelos pais nos filhos (outra questao seria, de dimensao tambem cultural, que deve ser debatida).

Deveria ser obrigatorio para rapazes e raparigas e incluir seis meses numa regiao remota e desfavorecida de Portugal, e outros seis meses num pais em vias de desenvolvimento, dentro ou fora do espaco Lusofono.

Renato Epifânio disse...

«Para haver patriotismo tem de haver condicoes para que as pessoas se sintam felizes e realizadas na patria.»

Isso é "patriotismo" de leilão, ou de casino. Serei da Pátria que mais me der...

«o MIL, enquanto movimento de mobilização cívica no espaço nacional, tem uma margem mais ampla e rápida de crescimento do que enquanto meramente promotor da causa lusófona, que não é compreensivelmente uma causa popular, num momento em que Portugal atravessa tantas dificuldades. Gostemos ou não, as pessoas preocupam-se sempre mais imediatamente consigo e com aquilo que é "seu", com o qual mais imediatamente se identificam. Nesse sentido, creio que o discurso e as propostas sobre a Lusofonia não podem deixar de ser, talvez primeiro que tudo, um discurso e propostas sobre Portugal.»

De acordo. Imersas no quotidiano, as pessoas em geral são pouco sensíveis às grandes questões geo-estratégicas. Mas o ponto é também explicar as vantagens - inclusive económicas - do reforço dos laços entre os países lusófonos em todos os planos, da afirmação, a nível mundial, do espaço lusófono como um espaço comum...

Ana Margarida Esteves disse...

"Isso é "patriotismo" de leilão, ou de casino. Serei da Pátria que mais me der..."

Ou melhor, reaccao natural de quem e tratado abaixo de cao na propria patria?

Quem somos nos para julgar o "patriotismo de leilao" de quem e tratado, "de jure" ou "de facto" como cidadao ou cidada de segunda?

Nesses casos, nao acho que seja "patriotismo de leilao". E antes uma reaccao saudavel. o contrario seria masoquismo.

Ana Margarida Esteves disse...

Dar a vida ou seja o que for pela patria quando esta impede o pleno desenvolvimento e realizacao da pessoa e mais do que masoquismo: E estupidez.

Ana Margarida Esteves disse...

Obrigar uma pessoa a amar uma patria que nao a ama e que abusa dela e uma das piores crueldades que se pode fazer a um ser humano. E como obrigar a amar um conjugue violento.

Paulo Borges disse...

Como é que se pode obrigar a amar!?