A propósito de uma ideia que me vinha remoendo a memória e que traduzida acabaram de postar, eu diria o seguinte: não há o que temer. O pior já aconteceu:elegemos os piores elementos para nos desgovernarem e ficamos o tempo todo falando mal deles; e eu faço minha culpa e minha parte e falo mal mesmo.
Não é exatamente mal: eu falo deles o que se pode dizer de alguém que faz o que eles fazem.
Simples e assim, como por exemplo: que nome se dá a quem rouba? Ladrão? Então à pessoa que rouba eu chamo ladrão.
É porém necessário ter uma ideia justa sobre o conceito do roubo. Pode ser roubo sem ser roubo, se se roubar por uma causa que alguém acha que os outros a que têm de pagar a sua conta.
Escutar a sua música, ler os seus livros que eles nem lêem e alguns até azia sentiriam se lessem...
Fazer pouco, o mínimo, falar muito sem trabalho de pensar repetindo, repetindo, repetindo, retalhos de retóricas, pedaços de gravações, folhas mal escritas e lidas de cor sem faltar as já corruptas corrupções, do que nunca foi original.
Clamar aos berros contra o passado, os vizinhos, os outros, que é onde está a causa do mal,que lhes andam a fazer.
Os pobres e as minorias são a sua causa, mas que por elas não faz senão discurso, congressos, “projetos” planos de todas as formas, e hoje virtuais, que se alguém quiser fazer ou comprar está na mão...
O mal de não poder viver sem fazer nada e a cantar como a cigarra, no verão, quando deveria saber andar em pleno inverno, senão pleno, pelo menos num inferno astral, sem teto e sem juízo lá isso anda!
É o que dá não fazer nada.
É festejar o fim do capitalismo, mas celebrando muito com o dinheiro dos outros...
E no fim o “ganharás o pão com suor do teu rosto”, até o suor, tem de ser do outro?
Acho que o Senhor Lusófono, o Ser a ser criado e por aqui uma de suas faces vá a ser revelada, terá de ser feita ao vivo e a cores, com som, ainda que em silêncio.
Mas se quem cala consente, aí poderá ser parceiro ou cúmplice.
Acho que por outro lado medidas e formas concretas de agir pelo MIL deveria mesmo começar pelo corpo Diplomático.
Este formado, dotado da capacidade de formar em torno de si um outros corpos: científico, industrial.
Outro agrícola e assim por diante, não podendo faltar um corpo de comércio.
E isto formando numa ação voluntária dos governos, com plena capacidade e intenção de fazer e assessorar, nessas áreas, os governos de cada país, no sentido de pô-las em prática.
Os governos torram tanto dinheiro, inutilmente! Milhões, assim, numa festa.
Boas ideias no plano delas,é o mesmo que seguir os passos do Padre Vieira sozinho, sem lhe apresentar José de Anchieta e Manuel da Nóbrega, isso já na questão do Brasil; e no fim assim num raciocínio rápido, de alguma forma de todas as nações da língua, unindo, clareando as espumas e indo de ilha em continente, como divinamente disse Pessoa, do Infante, sem termos vergonha de imitarmos os seus gestos e fazer agora...
Ou então fechar a casa e ir cada um para seu canto rezar ou reclamar da vida, do tempo, do governo, da televisão, de tudo e não fazer nada. Como dizia um amigo, que há muito não vejo, “a coçar sem fazer PORRA nenhuma”.
Está na hora dessas pessoas e também aquelas que esperam caia do céu se mexerem, e mãos no barro, que o barro não faz mal a nada.
A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português".
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quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
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4 comentários:
Caro Júlio
só dizer que sou apreciador da sua prosa. Gourmet (?)
É assim que se diz?
receba um bom abraço
Prezado Platero,
Obrigado, meu bom amigo;
obrigado mesmo...
MILagre. Este blogue não cairá mais baixo.
Ariana Lusitana
era importante para mim saber se o seu comentário se deve ao que eu escrevi a propósito da prosa de Júlio.
ou ao nosso diálogo
é possível?
obrigado
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