O termo crioulo tem interpretações diversas no mundo que fala português e, por isso, está sujeito a conclusões contraditórias.
No Brasil, surgiu com o significado de "escravo que nasceu em casa do senhor", contrariamente ao negro que vinha do tráfico negreiro. Mais tarde, passou a designar todos os descendentes de europeus nascidos na América Ibérica.
Pintura de António Gomes, "Gonga" - Angola
Na África de língua portuguesa, entretanto, o termo crioulo é entendido como sinónimo de mestiçagem cultural e capacidade de interligar os dois "mundos": África e Portugal.
"A nossa crioulidade - escreve Margarida Silva e Castro - é cimento de culturas e tem muito a ver com a vocação para a lusofonia, além da capacidade de interligar as comunidades visitadas pelos portugueses em mares nunca dantes navegados".
A Associação Portuguesa de Cultura Afro-Brasileira (www.apcab.net/) considera que a identidade africana no Brasil foi exportada para o Velho Continente, sobretudo para Portugal, tendo originado uma reestruturação dos hábitos portugueses de consumo artístico, religioso, gastronómico e literário, que marcam, no presente e no futuro, a identidade portuguesa.
Sobre este tema, leia a interessante nota publicada no Jornal de Uberaba (Minas Gerais)
1 comentário:
Cara amiga Adriana! Considero excelente a tua ideia de publicares textos como este; no entanto,as afirmações que nele são feitas,tanto pela APCAB como por Margarida Castro,são muito vagas e pouco precisas, levando-me a pensar que o conhecimento de África é pouco significativo.Posso afirmar-te que o termo "crioulo" não está generalizado da forma como afirmam, embora exista, mas sim como uma forma deturpada de falar português.
Isto levava-nos muito longe e talvez não valha a pena rebater afirmações tão superficiais.No entanto,estarei à tua disposição para fundamentar o que acima afirmo.
Um abraço.
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