A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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domingo, 2 de novembro de 2008

Dos Arquétipos do Ideal Português às Instâncias da Realização de Si - X

Império

Império é toda a vacante e gloriosa irradiação do sem quê, porquê ou para quê de ser possível haver alguma coisa e o nada que nem sequer o é. Império é a esplendorosa nudez de tudo e da consciência de a haver. Império é a sempiterna pujança da desmesura das coisas. Da nossa desmesura. Da desmesura de estarmos aqui, na infinita fragilidade de não sermos mais que Infinito.
No Império radica todo o poder, o poder do infinito poder ser, como na impotência radica todo o desejo de poder ou aquele poder aparente que não é mais do que submissão ao desejo de dominar. O poder, ou seja, a escravidão, pelo qual se luta. Pelo qual se mata e morre.
Mas o Império não é deste nem doutro mundo. É o próprio mundo antes de o haver, antes de o imaginarmos algo e a nós alguém, pura e ilimitada virtualidade sem sujeitação-objectação possível. Por isso não tem Imperador e está repleto deles. Cada um dos fenómenos e instantes de percepção o é. Porque tudo, a cada instante, é original, perfeito e puro. Sagrado.
Mesmo a inconsciência de o ser.

É por isso que, Agora e Sempre, e por sermos nevoeiro:

É a Hora !

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