Já lá vão alguns anos. Seguramente, mais de dez, quase quinze…
Anfiteatro I da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Fazes, num Colóquio, a tua comunicação (brilhante, como sempre, mesmo quando não concordo contigo), abre-se o espaço para o debate e peço a palavra.
Pergunto-te, lembro-me muito bem, como conciliavas a “moral cósmica” defendida pelo Bruno (bem como pelo Junqueiro), segundo o qual cabia ao homem preservar todos os outros seres (não só animais, mas também vegetais, e ainda os minerais…), com a “teoria do sacrifício” do Pascoaes, pela qual se legitimava o sacrifício das formas inferiores de existência às superiores…
Respondeste-me, lembro-me muito bem, que o sacrifício, esse “sacrifício”, era uma “forma de preservação”, uma “forma suprema de preservação”. Gostei muito da resposta. Acho que nunca to tinha dito…
Abraço. E parabéns!
Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".
Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".
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6 comentários:
Aproveitando a deixa: Parabéns!
Caro Renato, muito obrigado pelos parabéns. Caro Luís, mesmo agradecimento. Quanto ao sacrifício, continuo a pensar que toda a assimilação é uma integração, mas tenho sérias dúvidas sobre haver formas de existência superiores e inferiores, classificação que depende sempre de um critério particularista, no qual quem avalia o faz em função do seu interesse individual, grupal ou de espécie. No fundo, todos os seres, a seu modo, apenas desejam felicidade e ausência de sofrimento. Nesta medida, são todos iguais. E a teoria do sacrifício é muito pontual em Pascoaes, devendo ser lida à luz de uma fundamental comunidade de origem e destino de tudo o que existe.
Um Abraço
Também aproveito para deixar os parabéns a um dos principais promotores do MIL!
:)
Parabéns, Paulo,
longa vida!
Klatuu Niktos
Caro Paulo:
Parabéns também. Escrevo isto (acabando de saber por aqui do seu dia) enquanto por mim passa, na rua, a procissão do senhor São Roque: símbolo ele do trabalho de "rectificação" do mundo, numa tradição espiritual que eu prezo.
Sob este sinal, um cordial abraço.
Grato a todos! Um Abraço.
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