A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

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Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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domingo, 26 de outubro de 2008

Para o Marcello


Foram hoje (na verdade, já ontem) leiloadas cartas de Marcello Caetano. Nos jornais da manhã dizia-se que o Estado iria exercer o direito de preferência. Nos noticiários da noite, constatei que, afinal, as cartas tinham sido compradas por um particular. Por 2500 euros. Quinhentos contos, na moeda antiga.

Decerto, o Marcello não foi o Pessoa, mas, ainda assim, importava que o Estado honrasse os seus deveres para com a nossa memória histórica.

Neste caso, pouca gente irá protestar. Marcello Caetano é das personalidades mais censuradas da nossa História. A Direita apagou-o da sua galeria de retratos – enquanto “traidor” –, a Esquerda, com igual sectarismo, nunca lhe reconheceu qualquer papel.

Pela minha parte, sempre considerei o Marcello uma personagem trágica. Um homem condenado a perder, qualquer que fosse o caminho que escolhesse…

No momento em que chegou ao poder, todos os ventos da História sopravam já contra ele. Resistiu sem resistir, porque, talvez, dada a sua inteligência, se sabia, à partida, condenado à derrota…

Sempre tive um fraco por personagens trágicas. Por isso, no silêncio da noite, envio um abraço fraterno a um homem que morreu amargo…

7 comentários:

Ana Margarida Esteves disse...

Condenado a perder? Porque? Podes te explicar melhor?

Achp que seria interessante se o Estado tivesse comprado as cartas de MC, mas por razoes diferentes das apresentadas por ti: Para que tornasse acessivel ao publico material que ajuda a explicar o agonizar de um regime que foi um dos maiores atentados contra a Cultura, a Liberdade e a Dignidade Humana alguma vez feitos num pais Europeu.

Estudo Geral disse...

E, já agora, para ajudarem a explicar as perseguições políticas, a censura, a tortura, a opressão, o beco sem saída colonial, os mortos da guerra, os traumas que acompanham os vivos, o atraso cultural de um povo, a diminuta consciência cívica... Enfim, o líder de um regime político caduco e sem sentido histórico..

Luis Santos

Renato Epifânio disse...

Há que não ser tão maniqueísta...

Ana Margarida Esteves disse...

Então desafio-te a explicar de forma clara e sucinta o que é que trouxe de positivo um regime proto-fascista de 48 anos, cuja eficácia em termos de amedrontamento e adormecimento geral foi maior do que a violência aberta e menos hipócrita de um Nazismo ou Fascismo Italiano, ou até mesmo da violenta ditadura militar Argentina.

Fado, Futebol e Fátima? O medo de existir e o medo de falar? Um vergar-se a quem está "em cima" e pisar quem está "em baixo"? Bufaria perene e generalizada? Uma violência extrema e difundida na vida diária em relação a toda e qualquer pessoa que não entre em certos estereótipos?

Narcisismo patológico como o disturbio do foro psíquico que mais afecta os nossos intelectuais?

Masoquismo moral como o disturbio do foro psíquico que mais afecta quem não se considera ou não é considerado parte de uma supota "elite"?

Lamurias, lamurias e mais lamurias pois "é a vida"?

E o traço mais marcanta da vida mundana Portuguesa: Uma necessidade imperiosa de afirmar e reafirmar uma "persona" com medo que o seu eu frágil, resultado de um jogo de espelhos e não de uma autêntica vida interior, se desmorone ao primeiro sopro?

Renato Epifânio disse...

Ana

Farei isso ainda hoje...

Rui Martins disse...

o grande drama é que foram compradas por um tal "empresário do imobiliário" que as vai simplesmente guardar num qualquer cofre, algures, quando deviam estar em acesso público, para consulta por historiadores!

mal vai um País que deixa vender a sua História por 2500 euros ao primeiro especulador imobilário que aparece...

Flávio Gonçalves disse...

Ainda se notam muitos traços de algum modo de pensar Estado Novista nos Açores (os senhores doutores, engenheiros e arquitectos mandam, o resto da canalha obedece).

A minha opinião acerca deste período causa irritação tanto à esquerda como à direita mas não cesso de a repetir: os poderosos e influentes que adormeceram como militantes da União Nacional a 24 de Abril de 1974, na noite de 25 de Abril de 1974 já se deitaram como sendo militantes dos PS e PSD... as mesmas famílias, os mesmos nomes, as mesmas influências, mas agora todos muito 'democráticos'.

Fora isto Revolução tem que ter sangue e mortos, uma casta intelectual e política que substitua e elimine a outra, ou nada muda... o 25 de Abril foi uma coisa, mas uma revolução? Isso não foi.

Discordo apenas que o Estado Novo seja o principal culpado pela mentalidade do nosso povo (mais africano que europeu), a mentalidade deste povo resulta duma falta de culto da liberdade, de gerações e gerações de gente habituada a ser mandada por reis, depois por ditaduras republicanas, uma militar e finalmente o Estado Novo... o 25 de Abril, há que recordar, advém duma minoria militar, não advém da vontade do povo, estivessem à espera do povo ainda hoje tínhamos Estado Novo...