Três vezes diz
Trinta vezes repete
Trezentas vezes ecoa
Se dizer que Cristo iludido estava
E que, por isso, morreu em vão
Ofender muita gente pode
Exactamente o mesmo acontece
Quando se diz que a Pátria é uma ilusão
Ainda que de “segundo grau”
A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português".
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra).
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa).
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286.
Donde vimos, para onde vamos...
Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)
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9 comentários:
Não vejo porquê, sobretudo quem aderiu a um movimento (o MIL) inspirado em Teixeira de Pascoaes, Fernando Pessoa e Agostinho da Silva, que dizem precisamente que tudo é ilusão e, por isso, maravilhoso, na medida em que, sendo a realidade feita da matéria dos sonhos, podemos criá-la e recriá-la infinitamente, dando-lhe formas sempre novas e melhores!... Mais não faço do que prosseguir e desenvolver esta visão do mundo.
Paulo
Não vou aqui discutir susceptibilidades (cada um tem direito à sua):
- tu ficaste “chocado” com um epigrama em que eu visava, sobretudo, o conceito de Portugal como "o menino Jesus das Nações" (o argumento subjacente era esse: assim como Cristo estava iludido ao pensar que com o seu sacrifício iria salvar a Humanidade, assim também Portugal se iludirá se pensar que, com o seu sacrifício, irá salvar o mundo…).
- já o poema do Caeiro (que ridiculariza ao máximo Deus, a Virgem Maria e o Espírito Santo…), não o achas “chocante” para a consciência católica…
- admite apenas que há quem não goste de ouvir, insistentemente, que “a Pátria é uma ilusão”. Eu, pelo menos, não gosto (e, olhando para os resultados do inquérito, presumo que não esteja sozinho…). Mas também não fico “chocado” por isso! Por mim, podes continuar pois o teu caminho…
Abraço
Quem não gosta de ouvir falar de "ilusão" não deve fundar nem aderir a movimentos inspirados em Pascoaes, Pessoa e Agostinho da Silva.
Paulo
Com toda a amizade e admiração que tenho por ti, e com toda a tranquilidade (depois de uma tarde passada na Regaleira a ouvir sábias palavras sobre Lima de Freitas, pessoa que ainda tive o privilégio de conhecer em vida), tenho-te a dizer o seguinte:
1. A tua interpretação sobre Pascoaes, Pessoa e Agostinho é legítima, inteiramente legítima. Assim como a tua tese de que “a Pátria é uma ilusão”.
2. O facto de ser potencialmente “ofensiva” (se não percebes porquê, pensa naquelas pessoas que “morreram pela Pátria” ou arriscaram a vida por ela) é, a esse respeito, irrelevante. O direito que eu reclamo para mim de defender as ideias em que acredito mesmo que possam ofender alguém, reclamo-o para ti e para todas as outras pessoas.
3. Sendo inteiramente legítima, ela não é a única possível, e, nessa medida, não tem que ser subscrita por todos. Eu, pelo menos, neste ponto não a subscrevo. E espero que não me queiras “excomungar” por isso.
Abraço
Renato,
Mas onde é que eu disse pretender que a minha leitura seja a única possível ou querer excomungar alguém? Apenas não vejo razão para tanta susceptibilidade em relação ao tema da "ilusão" quando ele é um tema central do pensamento dos autores que o MIL assume como inspiradores.
E sobretudo acho que há uma grande incapacidade ou recusa de compreender a natureza mais profunda e filosófica da tese da realidade como ilusão. Num mundo que fosse sólida e substancialmente "real", que existisse em si e por si, independentemente da relatividade das nossas percepções, condicionadas pelos conceitos e emoções que determinam os nossos estados mentais, nenhuma mudança se poderia dar e um movimento como o MIL não faria qualquer sentido! Pelo contrário, se o que vemos como "real" é apenas o fruto de um determinado modo de percepção, se transformarmos esse modo de percepção teremos transformado a "realidade", seja a nossa, a da pátria ou a do quer que seja.
Tão simples como isso.
Dizer que a realidade é feita da matéria dos sonhos é dizer que podemos sonhá-la, ou seja, criá-la, de outros e melhores modos.
Paulo
Para não eternizar a nossa "polémica", assentemos então na tese: "o real é transformável".
Nessa medida, concentremo-nos pois no programa de acção, ou de transformação...
Abraço MIL
Não quero eternizar nada, mas não se pode passar a um programa de acção ou de transformação como se pensar a realidade não fosse já agir e transformá-la e como se fosse desde já evidente qual o melhor sentido a dar a essa acção/transformação mais exterior...
Abraço, mas não MIL, pois não gosto de colocar rótulos nas relações entre pessoas
O senhor Paulo Borges é um aborrecimento em forma de gente.
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