A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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quarta-feira, 24 de setembro de 2008

O DIA DO REGICÍDIO



«Regicídio», Ruela, 2008


Depois dos prazeres da caça e do campo nas propriedades da Casa de Bragança em Vila Viçosa, a Família Real decidira regressar ao Palácio das Necessidades a 1 de Fevereiro de 1908. Parte, de Vila Viçosa, no comboio das 11.40, rumo ao Barreiro. À entrada da estação de Casa Branca, o comboio sofre um ligeiro descarrilamento. É enviado telegrama a João Franco, Presidente do Conselho de Ministros, a informar que a Família Real chegaria com uma hora de atraso.
Chegada ao Barreiro, embarca no vapor dos Caminhos de Ferro de Sul e Sueste, «D. Luís», e aporta ao Terreiro do Paço por volta das 17.00 horas. É recebida por populares, fotógrafos, jornalistas e por outras gentes que sempre recebem os Reis. Cumprido o cerimonial de chegada, o Rei Dom Carlos, a Rainha Dona Amélia e os seus dois filhos, Dom Luís Filipe e Dom Manuel sobem para uma carruagem descoberta, seguida por uma segunda, onde vão aias, aios, gente importante que sempre segue os Reis, etc.
Quando a carruagem real se aproxima da penúltima arcada do lado Oeste do Terreiro do Paço, ouve-se um tiro no meio do Terreiro, que não tem por alvo a carruagem, mas sim se destina a atrair a atenção da escolta para o lado oposto. Eis que Alfredo da Costa, empregado de loja, salta para o estribo traseiro da carruagem real e, com a pistola Browning nº 349.432, alveja por duas vezes, pelas costas, o Rei, que ainda leva a mão à algibeira do capote, onde tem um revólver com bala na câmara, mas morre quase de imediato. A carruagem vira para a Rua do Arsenal, entre o pânico e a confusão, a Rainha Dona Amélia fustiga a cara do regicida com um ramo de rosas que recebeu à chegada, Dom Luís ergue-se na carruagem e com o seu revólver atinge Alfredo da Costa, que cai do estribo.
É então que um homem de gabão e longa barba sai da sombra da arcada do Ministério do Reino, trata-se de Manuel Buiça, professor de colégio, que fere mortalmente Dom Luís Filipe com a sofisticada carabina Winchester, modelo de 1907, nº 2137 e, ainda, ligeiramente num braço Dom Manuel, quando este ampara o irmão. Um oficial de cavalaria da escolta, o Tenente Figueira, carrega sobre o regicida de sabre em riste, Buiça ainda o fere numa perna, mas tomba morto com uma estocada na cabeça e face. Mais tarde este oficial declara que Alfredo da Costa, ferido no rosto, ainda vivia e gritava que lhe acabassem com o sofrimento, quando um disparo de parte incerta o calou. O cocheiro fustiga os cavalos e a carruagem acoita-se a galope no Ministério da Marinha.
A polícia carrega sobre a multidão e mata um inocente.

Foi instaurado um processo, falava-se pelas ruas em cinco atiradores no Terreiro do Paço, numa conjura que implicava republicanos e monárquicos, o processo chegou a ter centenas e centenas de páginas e, misteriosamente, após a proclamação da República, a 5 de Outubro de 1910, desapareceu.


Klatuu Niktos

2 comentários:

Maria Afonso Sancho disse...

Pois... Desapareceu.
Que confortável.
Nem sequer foi preciso um fogozinho ou um incendiozinho confortável?
Abraços MIL

Maria Afonso Sancho disse...

Agora sem mais ironias. Como desapareceu?
Desaparecendo, simplesmente.
Ou sabe-se algo mais?