A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

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Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Mosaico de Rancores: capítulo 1

The Sower, Vincent Van Gogh, 1888

Quem pode adivinhar o tamanho dos meus abismos? A dor do ciúmes que eu esmago todas as noites entre meus dedos. É minha oração diária, uma queda brusca de estrelas. Caranguejos devorando defuntos na lama escura do meu rio. Últimas vítimas do vale dos suicidas. Verde e calmo ele atrai almas fracas. Viagem insólita em minhas margens. O rio que despenca no meu corpo mais parece o mar em suas piores ressacas.
Ele nunca entenderá. Ele é bom em objetos estáticos. Conhece apenas os movimentos das fotografias secando no varal. E eu aqui, estendida na beira do leito. Pensa existir um movimento perfeito para ser captado. Não acredita no acaso. Quando não gosta do que foi registrado, rasga, parte pra outra, outras. Ele acha que devo fazer o mesmo com o meu ciúmes, manuseá-lo e depois rasgá-lo, como se faz com um recibo velho. E eu, tão saudosista...
E essa velha louca não consegue calar a boca. Meu Deus! Quanta besteira! A sua voz tem uma entonação insuportável. Minha cabeça ferve como um caldeirão. Ela não percebe. Ela não consegue enxergar nada além de si mesma no meio do caminho.
Enquanto isso o carvalho submerge. O rio se cobre de um musgo verde e calmo.

Marcia Barbieri

6 comentários:

Ana Beatriz Frusca disse...

Assim como eu, tu também és fã de Van Gogh.
Que bom que atendeste meu pedido! Agora vai haver uma etiqueta com o nome Mosaico dos Rancores, e toda vez que alguém quiser ler capítulos pretéritos é só clicar no nome do Romance via etiqueta.
O ciúme é o tempero principal da trama, provavelmente isso não terá um final feliz.

Beijos.

Marcia Barbieri disse...

Muito obrigada por ler sempre e pela atenção. Vim até aqui só pra ver se já tinha um comentário seu, espero que outros gostem do texto.

Beijos ternos e acho muito legal o tempo que dispensa para nós

Márcia

andorinha disse...

É a primeira vez que leio um texto teu, confesso. Gostei.
Fico à espera dos próximos:)

Beijos.

Marcia Barbieri disse...

Andorinha,obrigada por ler. Espero que goste dos próximos.

Beijos
Marcia

Luciano Fraga disse...

Um verdadeiro turbilhão de imagens,uma dualidade; atormentam e acalantam,deslizam, escorrem, inundam...

Marcia Barbieri disse...

Luciano,
mais uma vez obrigada,espero que goste dos outros capítulos.
Beijos
Marcia