A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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terça-feira, 16 de setembro de 2008

Último texto para o 2º número da Revista

O Padre António Vieira, a Lusofonia e o Futuro do Mundo

Manuel Ferreira Patrício

III

À luz do visionarismo vieirino, não seremos engolidos por Espanha. Espanha não é sinónimo de Hispânia. À Hispânia pertencemos de raiz, à Espanha não. Ajudar à Hispânia talvez passe, na perspectiva lusófona (e, tacticamente, vieirina) do futuro, por desajudar à Espanha. Tordesilhas do passado dividiu o mundo, Tordesilhas do futuro pode ajudar à sua unificação. A CPLP tem imensas virtualidades para os Países (os Povos) de língua portuguesa. Pode ser um exemplo para uma eventual CPLC – Comunidade dos Povos de Língua Castelhana. Poderão aliar-se. Na língua portuguesa caberiam, com bastante naturalidade, os Galegos e os Catalães. No mundo, um formidável bloco mental e espiritual. Hispânico. Tordesilhas para o Caminho do Céu. Bloco enriquecedor da União Europeia, na sua configuração actual, ou aberto a outras formas de cooperação, no futuro. O poder da Hispânia já é visível nos EUA (Estados Unidos da América) actuais. Que futuro não se lhe visiona com esses quase quinhentos milhões de falantes, num futuro próximo? Inesperados e surpreendentes são os filhos do tempo e os caminhos da história. Pensemos grande, sintamos grande, vivamos grande – no espírito de António Vieira, que é de liberdade, de tolerância, de respeito pelo outro, de vontade de ser, de ser homem irmão de todo o homem –, para participar na linha da frente na realização da Cidade Terrestre, antecâmara da Cidade Celeste. Nessa grandiosa e exaltante obra ocuparão um lugar primacial o Imperador da Língua Portuguesa António Vieira, o vero sumo-sacerdote da língua quinto-imperial, e a Comunidade dos seus celebrantes.

O tempo anda. Tudo anda com ele, tudo anda nele. A Clavis Prophetarum não é a História do Futuro. Desta para aquela, o tempo andou. Dentro do tempo daquela, evidentemente, vive e lateja o tempo desta. A nossa visão da relação entre o Padre António Vieira, a Lusofonia e o Futuro do Mundo é de hoje, não do século XVII, nem mesmo do século XX. Estamos na gávea, somos o gajeiro, e olhamos por sobre o formidável dorso líquido do imenso oceano. Para o longe. Vemos bem? Vemos mal? A experiência da humanidade sabe que só os visionários vêem. Ainda que muitos se enganem. Visionemos, pois.

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