A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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segunda-feira, 15 de setembro de 2008

As Portas do Sol

A Voz do Sexo é a Voz do Céu, do Cio: a de Deus, de-o Dois. É pelo sexo que Deus brinda a humanidade com a Eterna Criança que vive no fundo de cada ser humano.
Desde sempre, o que o Homem finge desprezar é aquilo que ainda o mantém vivo: o regresso do homem ao interior da mulher pela penetração sexual... do filho ao ventre da mãe, da dor ao interior do prazer, do ódio ao interior do amor, do tempo ao interior da eternidade, da Terra ao interior do Sol, da mortalidade ao interior da imortalidade.
O que faz rodar a Terra, a chave da Porta do Sol, do Paraíso: o sexo entre os opostos do mundo. Deus é sexo, sendo sexo a união de tudo ao nada.
O Útero da mulher representa a matriz para a qual a Terra caminha, onde tudo é Um, onde os sexos se voltam a juntar*...

O Homem confunde-se pensando que é no Céu que vive a pureza, esquecendo-se que por baixo dele, no meio da Terra, está o mesmo Sol que vê - o mesmo Céu. Convenceu-se que é através da razão que assegura a sua superioridade em relação à sua origem animal, esquecendo-se que é no sexo que vive a eternidade divina. Neste mundo dos contrários, o que vive mais em baixo e sombrio é o mais divino e luminoso.
Quem vive o sexo de modo profano não é o pecador original, quem vive o pensamento de modo sagrado é que o é, pois o primeiro é apenas consequência do segundo, e para que nos foi dado o sexo senão para ser vivido? Pensar parcialmente em vez de amar inteiramente, com o corpo da alma, eis o maior sacrilégio da história humana.

No homem, o cérebro é a Lua, o coração é a Terra, o sexo é o Sol (com a pele): a Lua, semente-masculina, sonha o que a Terra, semente-feminina, realiza no Sol - o novo ser.
O interior do Homem é a Lua, o exterior o Sol: para que o ser humano nasça realmente de si próprio precisa de voltar a viver no chão da Terra, no Sol, deixar de pensar (de modo sério), porque pensar é estar, em todo o seu sentido, na Lua!

|*Hermafrodita, do grego, Hermes, Mercúrio + Afrodite, Vénus.|

3 comentários:

Paulo Borges disse...

Intuições profundas, Anita! Sim, o que move o mundo é Eros e a conjunção dos contrários, que se manifestam na sexualidade humana. A Cabala sabe que Deus é sexual, o Tantra sabe que o absoluto o é. Dionísio, o Areopagita, ainda chamava a Cristo o Eros crucificado. Muito ganharíamos em recordar e viver isso, desde a espiritualidade à política... Intelectualizada, ou seja, parcializada, a vida perde a sua pujança. Mas é ainda Eros que, já cego e sem asas, sem a visão do todo e a aspiração ao infinito, se move na objectivação científico-tecnológica do mundo, na avidez económica e no titanismo político...

Unknown disse...

E dessa tormenta e escuridão se erguerá... impensável e indescritivelmente...

Paulo Feitais disse...

Estou a gostar...
Que mais te pode dizer uma besta sadia?
Tudo menos sermos um fantasma adiado que procria, ou um fantasma consumado que fantasia.
:)