A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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domingo, 10 de agosto de 2008

Cadernos de Agostinho da Silva (excertos)


AS VIAGENS DE LIVINGSTONE

A confiança que tinha em si próprio e que rarís­simas vezes o abandonaria na vida fazia que vencesse todos os contratempos, todas as oposições que não po­dia deixar de encontrar; era um sentimento de segu­rança na vitória, uma certeza de que fora escolhido para uma missão e de que todo o adversário, coisa ou pessoa, apenas viera ao mundo para lhe dar maiores possibilidades e nunca poderia entravar, fosse no que fosse, o que de essencial tinha a fazer; não havia, por­tanto, que se desistir ou cair em desânimo: eram ati­tudes boas para quem se via no mundo como num combate de forças iguais em que há perder e ganhar; mas ele não: um espírito supremo o encarregara de realizar uma tarefa e então era como os homens anti­gos que tinham sobre si a mão de Deus e que nenhuma lança trespassava, que nenhuma intriga enredava; quem se opusesse cairia batido, só poderia contribuir para a glória das suas ideias, para o triunfo da sua causa de amor e de progresso; ora, em quem se bate consciente de uma superioridade esmagadora nada pode existir senão a serenidade, a compreensão da fraqueza do adversário, a piedade perante os seus loucos esforços (...).

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