A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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terça-feira, 22 de julho de 2008

Portugal não é um país plural


Fotografia de ângela ferreira, "casa de colonos abandonada", 2007

hermínio martins escrevia isto em 1971. em 37 anos, muita coisa mudou:

"Portugal não é uma sociedade «plural». Um estudo comparativo das sociedades europeias mostra que Portugal se caracteriza por um grau invulgar de homogeneidade nacional. Tal descoberta é válida se tivermos em consideração a homogeneidade racial, étnica, linguística, religiosa ou cultural e é igualmente válida quando comparamos Portugal com outras sociedades, pequenas ou grandes, da Europa Mediterrânica ou do Noroeste. Esta importante particularidade societária foi obscurecida pela maior proeminência internacional do anómalo estatuto imperial de Portugal. Na realidade, historicamente, Portugal caracteriza-se por um baixo nível de diversidade etno-cultural interna, pelo menos igual, se não inferior, ao nível de diversidade dos outros impérios europeus. Mas, contrariamente às outras ex-potências imperiais, ainda não absorveu nenhuma fracção significativa dos seus súbditos coloniais ou ex-coloniais e, portanto, não diversificou a sua composição etno-cultural. Paradoxalmente, para uma sociedade «oceânica», Portugal tem tido bastante êxito na «exportação» dessa mesma diversidade etno-cultural" (1)

hermínio martins

(1) MARTINS - Hermínio - MARTINS, Hermínio - Classe, status e poder e outros ensaios sobre o portugal contemporâneo. Lisboa: Instituto de Ciências Sociais, 1998. ISBN 972-671-051-0. p. 99.

como já foi dito atrás, muita coisa mudou nos últimos 37 anos. portugal está mais diverso, deixou de ser um país apenas de emigração para ser, cada vez mais, um país de imigração. em 37 anos, recebemos muitos africanos vindos das ex-colónias, muitos brasileiros, muitos europeus de países como a ucrânia, roménia, etc. mas, será que estamos mais integrados? será que essa homogeneidade cultural de portugal se mantém?

jorge vicente

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