A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

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Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

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terça-feira, 1 de julho de 2008

Foi você que pediu um "passaporte lusófono"?

A Polónia anunciou hoje que não irá ratificar o Tratado de Lisboa. O que significa que, depois da Irlanda, ele recebeu o segundo “prego”, ficando definitivamente crucificado. Para mais, a Polónia não é a Irlanda. É um país demasiado grande para se esconder debaixo do tapete, como o Directório Europeu quis fazer com a Irlanda…

Não é preciso ser adivinho para perceber que o processo da União Europeia irá fatalmente regredir. Esta sempre foi uma construção artificial, em grande medida motivada pelo trauma da II Guerra Mundial, por um particular clima económico favorável, com a paternal assistência norte-americana…

Portugal não irá deixar de seu um país europeu por isso. Somos o mais antigo país europeu e não precisamos de, provincianamente, querer provar essa condição a toda a hora…

Precisamos antes de pôr de novo os olhos no mar, retomando os laços com o mundo lusófono. Eis o caminho que o MIL preconiza, conforme se pode ler na nossa Declaração de Princípios e Objectivos…

Uma das medidas que nessa Declaração de Princípios e Objectivos se enuncia é o “passaporte lusófono”, idealizado por Agostinho da Silva, com vista a, gradualmente, permitir a livre-circulação no espaço lusófono.

Agora que a União Europeia está a começar a regredir, não acham que é altura de se começar a avançar para esse objectivo?

9 comentários:

José Miranda disse...

O tratado de Lisboa é um erro por ser uma fuga para a frente. Mas a associação livre de países europeus tem sido uma construção da nossa civilização, um exemplo para o mundo de como se pode conviver em Paz e com respeito mútuo. Devemos-lhe lealdade, nobre projecto que é. Por isso devemos recusar o projecto de tratado, não por outra razão. A Europa que temos tido só pode beneficiar a lusofonia; o assunto é saber fazer as regras da união e da liberdade, as de que o tratado fugia, pensando abraçar.

SAM disse...

Não acredito que o Tratado de Lisboa seja algo negativo, dada a situação corrente da União, nem que a União venha a desaparecer. Pelo menos assim espero.

Mas também acredito que espaços uni-idiomáticos devam se convergir e trabalhar de maneira focada. Não é só o espaço geográfico que deve servir para uma unidade geopolítica. Nesse ponto, sem sombra de dúvidas, concordo consigo: aos espaços culturais deve ser dada maior atenção e primazia!

Faz falta algo semelhante a esse passaporte lusófono. Se sair, eu estarei entre os primeiros a solicitá-lo :)

Um cordial abraço.

Aestranha disse...

Acho que é a melhor altura de todas, porque começa a nascer a "possibilidade" que seria impossivel face à "Federação" Europeia que se preparava e que se continua a preparar...

Vai regredir, mas não vai parar... Aproveitem-se então os intervalos da chuva para fazer algo de construtivo! Gosto da ideia da associação livre de Paises mas não gosto da ideia de ver Pão Alentejano enfiado herméticamente em sacos de plástico, colheres de pau obrigatoriamente de plástico, vacas que só podem dar x litros de leite ou o queijo da serra da estrela a ser proibido por ser pouco higiénico e outros horrores que vão acontecendo ou sendo preconizados todos os dias neste nosso País que vai estando de costas voltadas para o Mar...

Já nem preciso de dizer Viva Portugal mas talvez, viva o direito à identidade!

Casimiro Ceivães disse...

O Passaporte Lusófono é uma ideia que se compreendeu bem em Agostinho, o solitário filósofo; e que se compreende mal - muito mal - aqui, que pelo menos desde ontem nos queremos responsáveis e bem-educadinhos.

Pelo seguinte:

1) pretende-se fazer recuar as fronteiras de Shengen para Badajoz e Tui? Ou seja, os nossos amigos brasileiros, timorenses ou angolanos desembarcam em Lisboa como se estivessem em sua casa (e estão, o que quer que digam os dirigentes dos Estados!)e depois é-lhes negada a chegada e a instalação na Europa? Por mim, estou de acordo; mas sejamos consequentes, paguemos o preço e saiamos da União Europeia.

2) Os nossos amigos não-lusófonos, os maghrebinos de que todas as semanas temos minúsculas notícias de naufrágios e prisões ao largo e nas costas da Itália e da Alemanha, aqueles contra quem foi escandalosamente discutida no Parlamento Europeu uma lei que alarga prazos de prisão preventiva e são tratados na nossa Europa como animais de curro, esses aguardam o Quinto Império para ser tratados como gente? Pela razão funda de que não falam a língua do Pessoa e do Casimiro Ceivães?

3) Não é o Tratado de Lisboa que está em causa, mas essencialmente o "Espaço Shengen", a "Fortaleza Europa".

4) Que diríamos se o Cônsul Aristides de Sousa Mendes tivesse passado os seus carimbos a todos os judeus... lusófonos???

Meu caro Renato Epifânio: ainda não somos ministros nem dirigentes de partidos e portanto é cedo para estarmos manietados. E é tarde, demasiado tarde, para bancarmos o inocente. O direito de andar pela terra inteira livremente, vadiamente, levantadamente, é um direito fundamental dos seres humanos - e não há portugalidade, lusofonia, ou simples decência individual que não passem pela reclamação simples desta ideia simples.

Reclamar excepções a uma lei injusta é pactuar com a raiz da injustiça. Invocar, sem mais, a longínqua ideia do Agostinho da Silva é apenas convocar irresponsavelmente o aplauso fácil. E eu não queria que tivéssemos na boca a mansidão da pomba e no cérebro a prudência da serpente.

Cordiais cumprimentos

Anónimo disse...

Subscrevo o seu texto.

Embora considere a União Europeia importante, sempre tive a convicção de que os primeiros interlocutores de Portugal são os países da lusofonia. Sinto-me universalista mas reconheço que a pertença universal se faz por etapas de afinidade resultantes dos laços históricos e culturais que nos unem a determinados povos. Os laços de que falo levam décadas, séculos a ser construídos. Já os desenvolvemos com os países lusófonos e estamos a desenvolvê-los com outros, nomeadamente europeus, para onde os portugueses se têm deslocado em sucessivas vagas migratórias. Sinto os laços que me unem aos povos da lusofonia com uma força tal que chega a parecer-me que são genéticos. Sinto-me portuguesa, lusófona e só depois europeia.

A catadupa de países que têm vindo a aderir à UE faz-me, aliás, sentir cada vez menos europeia pois, apesar de desejar aproximar-me desses países, reconheço que falta a base histórica e cultural que nos faz sentir unos. Os países membros da UE são estranhos entre si e por isso ela está condenada ao fracasso. A nossa pertença a actual EU é de tal forma fictícia e a nossa adesão (enquanto indivíduos) tão imposta e forçada por governantes sem visão que, inequivocamente eu votaria NÃO em caso de referendo ao Tratado de Lisboa.

Expresso a minha gratidão aos irlandeses e ao dirigente polaco.

Abraço fraterno

Casimiro Ceivães disse...

absolutamente de acordo com o excelente comentário da fernanda oliveira.

Flávio Gonçalves disse...

A meu ver seria uma posição mais entendida como política do que cultural, creio que ainda não é a hora.

podíamos, para já, exigir uma saída de Portugal da UE mas... também creio ser uma posição demasiado política, se bem que seria benéfico voltar a ser um país real cujo governo pudesse decidir sobre coisas mínimas, como quais as obras públicas relevantes (TGV e o novo aeroporto são imposições europeias) e em termos económicos teríamos o Banco de Portugal a decidir as subidas de juros que andam a deixar os portugueses na miséria em vez do Banco Central Europeu que se rege pelas economias estrangeiras (nomeadamente as francesa, italiana e alemã).

Aliás, sem sairmos da UE seria impossível um passaporte lusófono, a livre circulação lusófona iria bater de frente com a livre circulação europeia.

quETzalcoatl disse...

o tratado de lisboa é inevitável, quanto mais rapidamente o aprovar-mos, mais rapidamente cairá!

europa tda junta, tal como u mundo globalizado numa comunidade de ética, moral e direitos humanos é uma maravilha, mas enquanto o virus da lógica económica, da dispariedade e do desperdício prevalecer sobre o etnocêntrismo ocidental, de nada interessa.

sim um tratado lusófono faria muito mais sentido que qualker união europeia, são raízes de sangue e respeito que nos unem e devem ser fortalecidas antes que o macdonalds e o office center entrem pa lá pa dentro e façam a unica coisa que sabem fazer. . .

subornar e desvastar.

Anónimo disse...

Eu? Não que ideia! Eu não jogo futebol em Portugal e prefiro um passaporte doutro país qualquer que não tenha o Sócrates a mandar.