A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

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Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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quarta-feira, 9 de julho de 2008

Eterno retorno entre chávenas

Le Regard Oblique, Paris, Robert Doisneau, 1948


Eram tempos difíceis os que vivias quando pela primeira vez te apresentaste, pedindo-me conselho, luz, dizias. Dei-te o que pedias. Deverias saber que o daria, sempre; a ti ou a qualquer outro que viesse mendigar o mesmo. Nunca se pode negar luz a quem a vem buscar. Ouviste-me, atento, humilde, quase servil; de uma humildade e servilismo que não te convinham nem a mim. Nessa época, falei-te do futuro. Falei-te da coragem e da força, da audácia e da conquista, da ousadia e da glória. Falei-te, enfim, da vitória. Os teus olhos brilharam perdidos nos meus, na verdade que neles lias, ou querias ler. Chamaste-me sábia e eu sorri. Não por fora porque eu nunca sorrio. Sorri por dentro, para mim mesma. Não te disse tudo, sabes? Longe disso. Podia tê-lo feito – cada coisa tem o seu tempo. O tempo ainda não chegou. Tarda ainda. Mas virá. Quando vier sei que virás ajoelhar-te novamente aos meus pés, como já fizeste. Nesse dia, não te falarei das mesmas coisas. O tempo tudo se encarrega de transformar, até as almas. Quando voltares, falar-te-ei de despotismo e injustiça, de ódio e de vingança. Falar-te-ei, enfim, de morte. Tu chamar-me-ás louca e partirás, com medo de voltar a olhar os meus olhos cada vez mais encovados, perdidos nas faces enrugadas, macilentas, e de neles encontrar a mesma verdade que viste outrora.

14 comentários:

Lord of Erewhon disse...

Tu és uma gó do Norte, só escreves sub-literatura e devias ser corrida deste blogue! JAJAJAJAJA!!!

P. S. A menina é uma pessoa muito bonita, com palácios altos e grutas de água fresca por dentro. O sangue ou se ergue forte, ou tudo nos mata.

«Wodan deu-me um coração duro.»
Nietzsche

Jo disse...

:p
Não me digas que a Frankie é mais uma a vir banida para o Japão...

Frankie:

O tempo tudo se encarrega de transformar, até as almas.

Ou pelo menos a forma como as almas sentem...

Muito bonita a tua narrativa.

Beijo*

Ana Beatriz Frusca disse...

Abyssus abyssum invocat. .
JAJAJAJAJAJAJAJAJAJA!
Sorry, não resisti!
Beijos.

Ana Beatriz Frusca disse...

No fundo, quase todos nós - eu disse QUASE-, estamos a buscar a luz até quando já a temos o suficiente. Quanto mais luz mais clareza se tem para lidar a injustiça, o ódio, o despotismo, a vingança e até a morte.
Beijos.

Carlos Gil disse...

gostei. e vou vasculhar a arca à procura de mais de Ti.

abç

Night Angel disse...

Gostei imenso, :). Entendo melhor o k disseste, sabes, este texto faz-me pensar k é a conversa entre o destino e a pessoa k lhe k pediu algo, é um texto mt interessante e bastante diferente. Mas é acima de tudo uma lição. Percebes o k keio dizer? desc ser um comentario pobre.

Bjinho gande

andorinha disse...

Gostei muito, piquinita.
Posso dizer "piquinita" aqui?:)

A coragem, a força, a ousadia, o ódio, a vingança, a morte...tudo isso faz parte da vida e pode conviver numa só alma ao mesmo tempo.

Não creio que o tempo transforme necessariamente as almas, ou não sempre no sentido que apontas, pelo menos.
Também existe o sentido inverso.
Deixa lá...hoje deu-me para filosofar...:)

Beijinhos

Frankie disse...

É, Lord, já tinha ouvido dizer isso! AHAHAHAH



PS: Dentro de mim só um abismo. E, se palácios houver, sabes que um está reservado ao menino japonês :)

...pudesse ele sê-lo ainda um pouco mais...

Frankie disse...

Obrigada, Mariazinha.

Beijo*

Frankie disse...

Essa vai ficar pra história, Bia!
Acho que nunca me ri tanto falando com ninguém no msn!
"Tu és gótico?!"
AHAHAHAH

Beijo, bichinha*

Frankie disse...

Carlos:

Obrigada pela visita e pelas palavras.

Não sei se, ao vasculhar esta arca, encontrará algo meu que seja digno de registo mas conceterza encontrará, à medida que o fizer, muitos e belos textos de tantos outros que connosco partilham este espaço.

Frankie disse...

Night Angel:

Não peças desculpa; compreendi-te perfeitamente.

Um beijo*

Frankie disse...

Mummy, podes chamar-me o que quiseres -aqui ou em qualquer lugar-.

Quanto ao texto em si...
Há almas grandes e puras.
Essas, creio, são imutáveis.

E, quando mudanças há, nem sempre se dão no sentido que apontei nestas linhas.
-felizmente-

Um beijinho enorme*

Anónimo disse...

http://paradoxosfilho.blogs.sapo.pt/27481.html