Yukio Mishima, a discursar no quartel general das Forças de Auto-Defesa, em Tóquio, 25 de Novembro de 1970 (foto de arquivo)
Eu não tenho pais – faço do céu e da terra os meus pais.
Eu não tenho casa – faço da minha consciência a minha casa.
Eu não tenho nem vida nem morte – faço da minha respiração a vida e a morte.
Eu não tenho qualquer poder divino – faço da honestidade o meu poder divino.
Eu não tenho quaisquer meios – faço da minha compreensão os meus meios.
Eu não tenho quaisquer poderes mágicos – faço do meu carácter os meus poderes mágicos.
Eu não tenho corpo – faço da minha resistência o meu corpo.
Eu não tenho olhos – faço do clarão da luz os meus olhos.
Eu não tenho ouvidos – faço da minha sensibilidade os meus ouvidos.
Eu não tenho qualquer membro – faço da prontidão os meus membros.
Eu não tenho lei – faço da oportunidade de cada momento a minha lei.
Eu não faço milagres – faço das boas acções o meu milagre.
Eu não tenho quaisquer princípios – faço da adaptação a todas as circunstâncias o meu princípio.
Eu não tenho qualquer táctica – faço do vazio e da plenitude a minha táctica.
Eu não tenho qualquer talento – faço da minha vontade sempre pronta o meu talento.
Eu não tenho amigos – faço do meu espírito o meu único amigo.
Eu não tenho inimigos – faço do meu desleixo o meu único inimigo.
Eu não tenho qualquer armadura – faço da minha benevolência e justiça a minha armadura.
Eu não tenho um castelo – faço da minha alma imutável o meu castelo.
Eu não tenho uma espada – faço da ausência de si a minha espada.
Samurai anónimo, século XIV
Tradução de Klatuu Niktos a partir do Inglês
Eu não tenho pais – faço do céu e da terra os meus pais.
Eu não tenho casa – faço da minha consciência a minha casa.
Eu não tenho nem vida nem morte – faço da minha respiração a vida e a morte.
Eu não tenho qualquer poder divino – faço da honestidade o meu poder divino.
Eu não tenho quaisquer meios – faço da minha compreensão os meus meios.
Eu não tenho quaisquer poderes mágicos – faço do meu carácter os meus poderes mágicos.
Eu não tenho corpo – faço da minha resistência o meu corpo.
Eu não tenho olhos – faço do clarão da luz os meus olhos.
Eu não tenho ouvidos – faço da minha sensibilidade os meus ouvidos.
Eu não tenho qualquer membro – faço da prontidão os meus membros.
Eu não tenho lei – faço da oportunidade de cada momento a minha lei.
Eu não faço milagres – faço das boas acções o meu milagre.
Eu não tenho quaisquer princípios – faço da adaptação a todas as circunstâncias o meu princípio.
Eu não tenho qualquer táctica – faço do vazio e da plenitude a minha táctica.
Eu não tenho qualquer talento – faço da minha vontade sempre pronta o meu talento.
Eu não tenho amigos – faço do meu espírito o meu único amigo.
Eu não tenho inimigos – faço do meu desleixo o meu único inimigo.
Eu não tenho qualquer armadura – faço da minha benevolência e justiça a minha armadura.
Eu não tenho um castelo – faço da minha alma imutável o meu castelo.
Eu não tenho uma espada – faço da ausência de si a minha espada.
Samurai anónimo, século XIV
Tradução de Klatuu Niktos a partir do Inglês
5 comentários:
Um belo credo que gostava de subscrever.
Só tenho algumas reservas em relação a: "não tenho lei, não tenho quaisquer princípios."
Esta ausência de lei e de princípios fazem parte do código samurai? Devem ser lidos a essa luz?
Beijinho.
Amei esse poema. Aprendi que a anáfora é uma função enfática, e ela é usada com sabedoria nesse poema aonde o Samurai defende a crença em sua ideologia.
Excelente tradução e a foto está divina!
MIL beijos.
ERRATA: As fotos estão divinas.
A sua lei é a espada; a honra e o valor, o seu princípio e fim.
;) Minha estudiosa!
Beijinho, maninha.
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