A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

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Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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quinta-feira, 17 de julho de 2008

Continuar «Os Novos Descobrimentos»

Passam hoje 12 anos sobre a constituição oficial, em Lisboa, da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.
E passam hoje dois anos sobre o lançamento do livro «
Os Novos Descobrimentos - Do Império à CPLP: Ensaios sobre História, Política, Economia e Cultura Lusófonas», editado pela Almedina (com o patrocínio do Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento), escrito por mim e pelo meu amigo Luís Ferreira Lopes, e com prefácio de José Manuel Durão Barroso. Na apresentação, em Lisboa (na Livraria Almedina do Atrium Saldanha), contámos então com as intervenções de Adriano Moreira, Carlos Pinto Coelho, Manuel Ennes Ferreira e Nicolau Santos. E a 26 de Junho último esta obra recebeu uma menção honrosa no âmbito dos prémios culturais da Sociedade Histórica da Independência de Portugal.
Nada mau, de facto, para um projecto que teve o seu início (discreto) há 20 anos: a 18 de Dezembro de 1988 era publicado no Diário de Notícias - mais concretamente na revista DN Magazine - um artigo, meu e do Luís, intitulado, precisamente… «Os Novos Descobrimentos». Que terminava assim: «A nossa consciência - a nossa responsabilidade histórica - faz-nos compreender que estamos a viver a época da última oportunidade. Se não queremos perdê-la, é imperioso que se proceda a uma reflexão séria e profunda sobre a forma e o conteúdo das Comemorações dos Descobrimentos Portugueses - tarefa que é de todos e não apenas de elites políticas e culturais. (…) Devemos aproveitar este Quinto Centenário não para cristalizar os nossos seculares complexos - de superioridade ou de inferioridade, feitos de cepticismo, pessimismo ou optimismo exagerados - mas para construir uma nova maneira de ser e de estar, de pensar e de agir. Nestes finais de século e de milénio, devemos comemorar, não tanto o fim da antiga era dos Descobrimentos, mas o começo de uma nova que seja a digna continuação daquela: a era dos Novos Descobrimentos.» (páginas 54-55)
A «conjugação» da evocação das Navegações e da adesão, então recente (dois anos antes), à Comunidade Económica Europeia, constituía na verdade, há duas décadas, um poderoso estímulo à reflexão sobre o «ser português», a história e o destino do nosso país, a reformulação e a reconstrução da lusofonia. E nós, jovens de 23 e 19 anos, decidimos participar e demos os nossos (modestos) contributos.
Noutro artigo escrito a dois, intitulado «A fuga de Portugal», publicado também em Dezembro de 1988 mas no DivulgACÇÃO (boletim da Associação de Estudantes do ISCTE que eu co-fundara e dirigia), perguntávamos: «A adesão à CEE não terá sido também uma fuga? Não tentámos fugir de nós próprios, ainda assustados com os fantasmas da descolonização? Será que quisemos esquecer o passado, ao eliminar quase tudo o que nos ligava ao mar? Retirámo-nos dos países ultramarinos, acabámos praticamente com a frota mercante, perdemos posições na pesca. Teremos vergonha da nossa história feita de marinheiros e de pescadores, preferindo ser débeis agricultores, simples jardineiros de um belo “jardim à beira mar plantado” que nem sequer sabemos cultivar?» (página 59)
Tentei dar respostas a estas perguntas no meu artigo «Celebrar a Lusofonia», igualmente publicado no DivulgACÇÃO (em Março de 1989). Preconizava - e ainda preconizo - que era necessário «comemorar o presente e preparar o futuro» e, principalmente, «regressar ao mar»… de diversas formas. E invocava o exemplo do Mestre, que conhecera pessoalmente pouco mais de quatro anos antes: «Há uma pessoa que, melhor do que ninguém, sabe como é importante regressar ao mar: o Professor Agostinho da Silva. Ele também sabe, melhor do que ninguém, como se deve comemorar os Descobrimentos Portugueses: a sua Fundação Mensagem surge, à falta de “alternativa oficial” credível, como a verdadeira comissão nacional para as comemorações dos (mais de) 500 Anos dos Descobrimentos Portugueses. E nessa “comissão” todos os portugueses, assim como os seus milhões de irmãos espalhados pelo Mundo, terão um papel fundamental a desempenhar.» (páginas 63-64)
Creio que não será errado dizer que a então idealizada Fundação Mensagem pode ter-se «transformado» no Movimento Internacional Lusófono. E de certeza que todos nós continuamos a ter um papel fundamental a desempenhar.

2 comentários:

Renato Epifânio disse...

O MIL não pretende senão isso. Agregar as mais diferentes pessoas e iniciativas à luz desse Horizonte...
Abraço MIL

Klatuu o embuçado disse...

Um reparo.

Não negando o mérito e o zelo de todos quantos têm pensado a questão da lusofonia, o livro que refere, e de que é co-autor, em nada tem que ver com a formação do Movimento Internacional Lusófono.