Henrique Botequilha, enviado da Agência Lusa
Luanda, 17 Jul (Lusa)
Luanda, 17 Jul (Lusa)
O primeiro-ministro, José Sócrates, anunciou hoje em Luanda o envio de 200 professores para Angola em 2009 para apoiar o ensino secundário, sendo a primeira medida do Fundo para a Língua portuguesa aprovado quarta-feira pelo Governo português.
Em declarações aos jornalistas após um encontro com o Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, o chefe do Governo português disse que "este projecto é o primeiro que resulta do Fundo para a Língua, aprovado ontem (quarta-feira) em Conselho de Ministros".
O acordo para este reforço foi assinado pelo secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, João Gomes Cravinho, com as autoridades portuguesas.
Segundo Sócrates, que efectua hoje uma visita de trabalho a Angola, alguns professores começam a chegar àquele país africano lusófono "já este ano".
O Governo português aprovou quarta-feira um novo plano para a Promoção e Difusão da Língua Portuguesa que prevê um fundo de 30 milhões de euros e o envio de até 600 professores para os países falantes de português.
O Fundo da Língua Portuguesa irá ter como áreas de acção o apoio ao ensino do português e à formação de tradutores e intérpretes para as organizações internacionais que tenham o Português como idioma oficial de trabalho, vai estar aberto à participação e contribuição de todos os países e será dotado à medida das necessidades.
A constituição de uma rede qualificada de Ensino do Português no Estrangeiro (EPE) será outra das prioridades do Governo português, nomeadamente no apoio ao sistema de ensino dos países lusófonos e à promoção do estatuto da Língua Portuguesa junto dos organismos internacionais.
Nesse sentido, serão colocados até 600 professores nos países de Língua Portuguesa, ao longo dos próximos dois anos.
Após o encontro com o chefe de Estado angolano, o primeiro-ministro anunciou ainda a criação de uma comissão mista de avaliação dos vistos para "agilizar e melhorar" o processo de emissão.
Em Janeiro passado, muitos portugueses que trabalham em Angola e estiveram em Portugal a passar o Natal tiveram dificuldade na renovação dos vistos para regressar a Luanda (...).
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