«Os portugueses continuaram a ser “nautas”. Antes, foram “argonautas” quando, na época dos Descobrimentos, partiram de Portugal e navegaram pelo Atlântico, pelo Índico, pelo Pacífico... Agora, na época da Sociedade da Informação, são “cibernautas”. Em casa, na escola ou no trabalho buscam no seu computador, não o caminho marítimo, mas o caminho electrónico para a Índia… e para todos os outros países do Mundo.»
Foi há 20 anos: em Maio de 1997 era editado o «Livro Verde para a Sociedade da Informação» – o primeiro grande «guia» da aplicação, de uma forma coerente e sistemática, das novas tecnologias da informação e da comunicação no nosso país. José Mariano Gago era então ministro da Ciência e Tecnologia, e assumiu-se como o primeiro e principal responsável desse livro, e dos objectivos e dos projectos contidos naquele.
«Nautas – O início da Sociedade da Informação em Portugal» é uma obra que procura identificar as principais questões, dúvidas, soluções e polémicas que a modernização tecnológica do país levantava nesse período fulcral, de transição de século e de milénio. Quer assumir-se como uma referência relevante, como um contributo, necessariamente modesto, para o registo, análise e compreensão de um processo indispensável e indissociavelmente ligado ao desenvolvimento – técnico, económico, social, cultural – do nosso país. Todos os que quiserem compreender o que actualmente se faz neste âmbito em Portugal precisam de conhecer, ou de recordar, o que se fez – e quem, onde, como e porque se fez – há duas décadas.
Octávio
dos Santos, "Nautas", Lisboa, MIL/ DG Edições, 2017, 239 pp.
ISBN:
978-989-8661-81-4
Outras
obras promovidas pelo MIL:
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A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português".
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra).
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa).
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286.
Donde vimos, para onde vamos...

Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".
Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)
Albufeira, Alcáçovas, Alcochete, Alcoutim, Alhos Vedros, Aljezur, Aljustrel, Allariz (Galiza), Almada, Almodôvar, Alverca, Amadora, Amarante, Angra do Heroísmo, Arraiolos, Assomada (Cabo Verde), Aveiro, Azeitão, Baía (Brasil), Bairro Português de Malaca (Malásia), Barcelos, Batalha, Beja, Belmonte, Belo Horizonte (Brasil), Bissau (Guiné), Bombarral, Braga, Bragança, Brasília (Brasil), Cacém, Caldas da Rainha, Caneças, Campinas (Brasil), Carnide, Cascais, Castro Marim, Castro Verde, Chaves, Cidade Velha (Cabo Verde), Coimbra, Coruche, Díli (Timor), Elvas, Ericeira, Espinho, Estremoz, Évora, Faial, Famalicão, Faro, Felgueiras, Figueira da Foz, Freixo de Espada à Cinta, Fortaleza (Brasil), Guarda, Guimarães, Idanha-a-Nova, João Pessoa (Brasil), Juiz de Fora (Brasil), Lagoa, Lagos, Leiria, Lisboa, Loulé, Loures, Luanda (Angola), Mafra, Mangualde, Marco de Canavezes, Mem Martins, Messines, Mindelo (Cabo Verde), Mira, Mirandela, Montargil, Montijo, Murtosa, Nazaré, Nova Iorque (EUA), Odivelas, Oeiras, Olhão, Ourense (Galiza), Ovar, Pangim (Goa), Pinhel, Pisa (Itália), Ponte de Sor, Pontevedra (Galiza), Portalegre, Portimão, Porto, Praia (Cabo Verde), Queluz, Recife (Brasil), Redondo, Régua, Rio de Janeiro (Brasil), Rio Maior, Sabugal, Sacavém, Sagres, Santarém, Santiago de Compostela (Galiza), São Brás de Alportel, São João da Madeira, São João d’El Rei (Brasil), São Paulo (Brasil), Seixal, Sesimbra, Setúbal, Silves, Sintra, Tavira, Teresina (Brasil), Tomar, Torres Novas, Torres Vedras, Trofa, Turim (Itália), Viana do Castelo, Vigo (Galiza), Vila do Bispo, Vila Meã, Vila Nova de Cerveira, Vila Nova de Foz Côa, Vila Nova de São Bento, Vila Real, Vila Real de Santo António e Vila Viçosa.
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quinta-feira, 7 de setembro de 2017
"Nautas", de Octávio dos Santos, mais uma obra promovida pelo MIL...
sábado, 6 de fevereiro de 2016
«Q - Poemas de uma Quimera», Octávio dos Santos
Edição: Movimento Internacional Lusófono, 2015
Páginas: 100
ISBN: 978-989-8661-39-5
Preço: 10 euros
«Q» é a letra, o símbolo que define Portugal, que nos liberta, que nos encerra. E foi nos idos de Quatrocentos, em 1415, em Ceuta, que iniciámos a Quimera. Cem anos depois, nos idos de Quinhentos, em 1515, em Goa, findou uma era.
«Q» é o primeiro livro de poesia do premiado jornalista e escritor Octávio dos Santos a ser editado, seis anos depois da publicação da sua tradução de (50) «Poemas» de Alfred Tennyson. Reúne mais de 60 dos seus próprios poemas, elaborados ao longo de um período de mais de 35 anos. Lançada em 2015, ano em que se assinala(ra)m os 600 anos da conquista de Ceuta (21 de Agosto), os 500 anos da morte de Afonso de Albuquerque (16 de Dezembro) e os 250 anos do nascimento de Manuel Maria Barbosa du Bocage (15 de Setembro, e uma das personagens principais do seu romance «Espíritos das Luzes») esta obra como que reflecte e raciocina em verso, tanto séria como satiricamente, sobre os mesmos assuntos, preocupações… e obsessões que, em prosa (ficção e não ficção), o autor abordou em obras anteriores como «Os Novos Descobrimentos», «A República Nunca Existiu!» e «Um Novo Portugal».
«Neste livro de Octávio dos Santos, intitulado "Q: Poemas de uma Quimera", promovido pelo MIL: Movimento Internacional Lusófono, questiona-se, a certa altura: "Prestemos homenagem a todos os marinheiros portugueses, a esses corajosos navegadores heróis dos Descobrimentos. Graças à sua aventura Portugal deu novos mundos ao Mundo, e ergueu, nos quatro cantos da Terra, grandiosos monumentos. Mas como foi possível tão poucos fazerem tanto em tão pouco tempo, deixando marcas profundas e perenes na civilização e na cultura universal?" Olhando para o Portugal de hoje, não é fácil a resposta. Esses "marinheiros portugueses", esses "corajosos navegadores heróis dos Descobrimentos", parecem não ter deixado descendência visível. Nem descendência nem sequer memória. Mas se assim é, então o único caminho de futuro só pode começar pela recuperação dessa memória. Decerto, nestes tempos, esse caminho de futuro é ainda apenas uma quimera. Mas, passo a passo, tornar-se-á um pouco menos irreal. O melhor que posso dizer deste livro é que nos aponta nesse sentido. O que já não é pouco. É mesmo muito, nestes tristes estranhos tempos.» (Renato Epifânio, no Prefácio)
Para encomendar: info @movimentolusofono.org
sábado, 21 de julho de 2012
"Um Novo Portugal"
«(…) A maior riqueza de um país está nos seus habitantes. A maior riqueza de Portugal está nos portugueses. Em todos os portugueses. E se pretende-se construir um Novo Portugal, isso não será possível sem novos portugueses. Estejam eles onde estiverem. (…) Criar uma nova mentalidade, formar novos portugueses, construir um Novo Portugal, são tarefas de uma missão que cabe a todos. Nada será possível sem a participação de todos os portugueses, independentemente do seu sexo, da sua raça, religião, ideologia, classe ou idade. E independentemente da sua profissão: de facto, interessa menos o que se faz e onde se faz do que o como se faz. (…)Temos pois de decidir se queremos ou não que eles sejam, ou continuem a ser, portugueses. Temos de perguntar a todos esses jovens se querem ser, dentro ou fora de Portugal, os novos portugueses. Se querem ser, afinal, pessoas, e não meros «recursos humanos» ou «mão-de-obra». Não é necessário que todos estejam ou venham para Portugal. É preciso, pelo menos, que se consiga levar Portugal até eles, qualquer que seja a parte do Mundo em que se encontrem. E isso é algo que, bem ou mal, já estamos habituados a fazer. Desde há muito tempo.»
Este livro é uma colectânea de artigos publicados nos últimos 25 anos. Inclui, entre outros, «Lisboa: importância capital», «O Estado assassino», «A República das Laranjas» (sobre Cavaco Silva), «Contra a Europa», «Expo dos Pequeninos?», «e-Português?», «Mestre, Profeta, Santo» (sobre Agostinho da Silva), «Sem pejo» (sobre Jorge Sampaio), «E o nome do novo aeroporto de Lisboa deve ser…», «Hoje não é Dia de Portugal», «Os anéis e as quinas», «E o “Prémio Miguel de Vasconcelos 2008”…» (sobre José Sócrates), «Sob a bandeira arco-íris», «Palavras de honra», «Em 2010, “não” a 1910, “sim” a 1810!» e «”Velho do Restelo”, e com muito orgulho!».
quarta-feira, 1 de abril de 2009
quinta-feira, 17 de julho de 2008
Continuar «Os Novos Descobrimentos»
Passam hoje 12 anos sobre a constituição oficial, em Lisboa, da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.
E passam hoje dois anos sobre o lançamento do livro «Os Novos Descobrimentos - Do Império à CPLP: Ensaios sobre História, Política, Economia e Cultura Lusófonas», editado pela Almedina (com o patrocínio do Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento), escrito por mim e pelo meu amigo Luís Ferreira Lopes, e com prefácio de José Manuel Durão Barroso. Na apresentação, em Lisboa (na Livraria Almedina do Atrium Saldanha), contámos então com as intervenções de Adriano Moreira, Carlos Pinto Coelho, Manuel Ennes Ferreira e Nicolau Santos. E a 26 de Junho último esta obra recebeu uma menção honrosa no âmbito dos prémios culturais da Sociedade Histórica da Independência de Portugal.
E passam hoje dois anos sobre o lançamento do livro «Os Novos Descobrimentos - Do Império à CPLP: Ensaios sobre História, Política, Economia e Cultura Lusófonas», editado pela Almedina (com o patrocínio do Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento), escrito por mim e pelo meu amigo Luís Ferreira Lopes, e com prefácio de José Manuel Durão Barroso. Na apresentação, em Lisboa (na Livraria Almedina do Atrium Saldanha), contámos então com as intervenções de Adriano Moreira, Carlos Pinto Coelho, Manuel Ennes Ferreira e Nicolau Santos. E a 26 de Junho último esta obra recebeu uma menção honrosa no âmbito dos prémios culturais da Sociedade Histórica da Independência de Portugal.
Nada mau, de facto, para um projecto que teve o seu início (discreto) há 20 anos: a 18 de Dezembro de 1988 era publicado no Diário de Notícias - mais concretamente na revista DN Magazine - um artigo, meu e do Luís, intitulado, precisamente… «Os Novos Descobrimentos». Que terminava assim: «A nossa consciência - a nossa responsabilidade histórica - faz-nos compreender que estamos a viver a época da última oportunidade. Se não queremos perdê-la, é imperioso que se proceda a uma reflexão séria e profunda sobre a forma e o conteúdo das Comemorações dos Descobrimentos Portugueses - tarefa que é de todos e não apenas de elites políticas e culturais. (…) Devemos aproveitar este Quinto Centenário não para cristalizar os nossos seculares complexos - de superioridade ou de inferioridade, feitos de cepticismo, pessimismo ou optimismo exagerados - mas para construir uma nova maneira de ser e de estar, de pensar e de agir. Nestes finais de século e de milénio, devemos comemorar, não tanto o fim da antiga era dos Descobrimentos, mas o começo de uma nova que seja a digna continuação daquela: a era dos Novos Descobrimentos.» (páginas 54-55)
A «conjugação» da evocação das Navegações e da adesão, então recente (dois anos antes), à Comunidade Económica Europeia, constituía na verdade, há duas décadas, um poderoso estímulo à reflexão sobre o «ser português», a história e o destino do nosso país, a reformulação e a reconstrução da lusofonia. E nós, jovens de 23 e 19 anos, decidimos participar e demos os nossos (modestos) contributos.
Noutro artigo escrito a dois, intitulado «A fuga de Portugal», publicado também em Dezembro de 1988 mas no DivulgACÇÃO (boletim da Associação de Estudantes do ISCTE que eu co-fundara e dirigia), perguntávamos: «A adesão à CEE não terá sido também uma fuga? Não tentámos fugir de nós próprios, ainda assustados com os fantasmas da descolonização? Será que quisemos esquecer o passado, ao eliminar quase tudo o que nos ligava ao mar? Retirámo-nos dos países ultramarinos, acabámos praticamente com a frota mercante, perdemos posições na pesca. Teremos vergonha da nossa história feita de marinheiros e de pescadores, preferindo ser débeis agricultores, simples jardineiros de um belo “jardim à beira mar plantado” que nem sequer sabemos cultivar?» (página 59)
Tentei dar respostas a estas perguntas no meu artigo «Celebrar a Lusofonia», igualmente publicado no DivulgACÇÃO (em Março de 1989). Preconizava - e ainda preconizo - que era necessário «comemorar o presente e preparar o futuro» e, principalmente, «regressar ao mar»… de diversas formas. E invocava o exemplo do Mestre, que conhecera pessoalmente pouco mais de quatro anos antes: «Há uma pessoa que, melhor do que ninguém, sabe como é importante regressar ao mar: o Professor Agostinho da Silva. Ele também sabe, melhor do que ninguém, como se deve comemorar os Descobrimentos Portugueses: a sua Fundação Mensagem surge, à falta de “alternativa oficial” credível, como a verdadeira comissão nacional para as comemorações dos (mais de) 500 Anos dos Descobrimentos Portugueses. E nessa “comissão” todos os portugueses, assim como os seus milhões de irmãos espalhados pelo Mundo, terão um papel fundamental a desempenhar.» (páginas 63-64)
Creio que não será errado dizer que a então idealizada Fundação Mensagem pode ter-se «transformado» no Movimento Internacional Lusófono. E de certeza que todos nós continuamos a ter um papel fundamental a desempenhar.
A «conjugação» da evocação das Navegações e da adesão, então recente (dois anos antes), à Comunidade Económica Europeia, constituía na verdade, há duas décadas, um poderoso estímulo à reflexão sobre o «ser português», a história e o destino do nosso país, a reformulação e a reconstrução da lusofonia. E nós, jovens de 23 e 19 anos, decidimos participar e demos os nossos (modestos) contributos.
Noutro artigo escrito a dois, intitulado «A fuga de Portugal», publicado também em Dezembro de 1988 mas no DivulgACÇÃO (boletim da Associação de Estudantes do ISCTE que eu co-fundara e dirigia), perguntávamos: «A adesão à CEE não terá sido também uma fuga? Não tentámos fugir de nós próprios, ainda assustados com os fantasmas da descolonização? Será que quisemos esquecer o passado, ao eliminar quase tudo o que nos ligava ao mar? Retirámo-nos dos países ultramarinos, acabámos praticamente com a frota mercante, perdemos posições na pesca. Teremos vergonha da nossa história feita de marinheiros e de pescadores, preferindo ser débeis agricultores, simples jardineiros de um belo “jardim à beira mar plantado” que nem sequer sabemos cultivar?» (página 59)
Tentei dar respostas a estas perguntas no meu artigo «Celebrar a Lusofonia», igualmente publicado no DivulgACÇÃO (em Março de 1989). Preconizava - e ainda preconizo - que era necessário «comemorar o presente e preparar o futuro» e, principalmente, «regressar ao mar»… de diversas formas. E invocava o exemplo do Mestre, que conhecera pessoalmente pouco mais de quatro anos antes: «Há uma pessoa que, melhor do que ninguém, sabe como é importante regressar ao mar: o Professor Agostinho da Silva. Ele também sabe, melhor do que ninguém, como se deve comemorar os Descobrimentos Portugueses: a sua Fundação Mensagem surge, à falta de “alternativa oficial” credível, como a verdadeira comissão nacional para as comemorações dos (mais de) 500 Anos dos Descobrimentos Portugueses. E nessa “comissão” todos os portugueses, assim como os seus milhões de irmãos espalhados pelo Mundo, terão um papel fundamental a desempenhar.» (páginas 63-64)
Creio que não será errado dizer que a então idealizada Fundação Mensagem pode ter-se «transformado» no Movimento Internacional Lusófono. E de certeza que todos nós continuamos a ter um papel fundamental a desempenhar.
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