A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

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Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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quinta-feira, 10 de julho de 2008

ANIREM A LISBOA


.Pôr-do-Sol na Basílica da Estrela, Miguel Costa, 2003


Anirem a Lisboa
Pujarem al tramvia número 28
Passejarem pels carrers costeruts de l’Alfama
Caminarem vora el Teix fins a la Torre de Betlem
Visitarem el cenotafi de Pessoa
Ens prendrem un cafè a La Brasileira
Escoltarem fados al Faia
Contemplarem la posta des del mirador del Castell
Ens perdrem quan la nit esdevingui més fosca

Et cardaré pertot arreu
Et faré forats nous
Et beuràs a glopades la meva lleterada
Et deixaré senyals als indrets més secrets
Et xuclaré fins l’últim resquitx de l’ànima

Ens estimarem esbojarradament,
incomprensiblement,
irreversiblement
L’Amor se’n farà creus, de la nostra disbauxa
Escriurem els versos més eterns

Anirem a Lisboa
I mai més no tornarem



PARTIREMOS PARA LISBOA

Partiremos para Lisboa
No eléctrico número 28
Passearemos, pelas ruas íngremes de Alfama
Caminhadas à beira Tejo junto à Torre de Belém
Visitas ao túmulo de Pessoa
Um café n'A Brasileira
Fados no Faia escutaremos
A contemplação do poente no miradouro do Castelo
Perdidos, onde a noite se torna mais escura

Amar-te-ei por todos os lados
Te farei furos novos
Beberás o meu sumo em grandes hautos
Deixarei marcas nos teus recantos mais secretos
Sorver-te-ei ao mais ínfimo pedaço de alma

Nos amaremos como doidos
Incompreensivelmente
Irreversivelmente
O amor não se fará rogado do nosso deboche
Escreveremos os versos mais eternos

Partiremos para Lisboa
E não mais voltaremos


Antoni Ibañez Ros
Tradução de Lord of Erewhon

13 comentários:

Lord of Erewhon disse...

Senhor, a minha humilde retribuição.

Ruela disse...

bela retribuição.

andorinha disse...

Subscrevo as palavras do Ruela.
E este é-me dedicado....:)))

A foto é linda e o cheirinho a Lisboa é inconfundível.

Beijo*

Ana Beatriz Frusca disse...

Eu subscrevo também!

Beijos.

Jo disse...

Nós é que beneficiamos dessa retribuição :)

Que poema belissimo sobre Lisboa a Bela!

uma vénia aos dois.

Unknown disse...

Obrigado, Lord, per a sua traduçao do caro poema lisboeta. Outra lingua mais: Anirem a Lisboa

Frankie disse...

Mas que belo...

Delicioso -seja em que língua for-.

jawaa disse...

Fascinante, este duelo de vates.
Obrigada.

Lord of Erewhon disse...

Algumas dúvidas acerca da versão do poema levantadas pela Andorinha, e após troca de e-mails com Antoni Ibañez Ros, levaram a alguns acertos.
De facto o «tramvia» é um eléctrico - abençoado conhecimento das carreiras de eléctrico da nossa amiga.

P. S. Obrigado, Andorinha... ;)

andorinha disse...

Lord,
Como costuma dizer um amigo meu, nada a "obrigadar".
Sempre às ordens...

:)))

Toni Ros disse...

Traduçao melhorada. Goog work!

Lord of Erewhon disse...

With a little help from my friend, and the cave orcs, keepers of the burning poetic word.

Um estreito abraço.

aquilária disse...

geografia da cidade e dos corpos.lisboa, "chão de palavras" (citando outro poeta), alma onde duas vozes se encontram.

abraço