A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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quarta-feira, 9 de julho de 2008

BARCELONA

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Para Antoni Ibañez Ros

.Gotico, Lidmahe, 2007


Barcelona a febril, ao sol branco, depois
Negro, entre os roxos e rubros do oculto
Ocaso que desce, a alba de logo
Esperando sempre, porque o canto
Em terras catalãs é demorado, passar
De trovador, navegante e fado. As águas
Do mar Mediterrâneo levam, transparências,
Algas, ânforas, o grito da Aquitânia
Para o búzio de Gibraltar, ressoante,
Que para Sagres fala; erguem-se e bailam
As gestas, os campanários, os olhos
Amendoados das donzelas, exóticos
Mas terrenos, na festa sem fim
Dos bruxos e dos santos, casa, pão,
Papiro dos lustrais figos da obra,
Palmares do céu e raízes dos poços.
Ibéria, Catalunha, planície e cume;
Nenhures e aqui – do chão agrado algum
Amou mais os poetas, os doidos, os errantes.


BARCELONA

Barcelona l'ardorosa, al sol blanc, després
Negre, entre els morats i els vermells d'allò ocult
Capvespre que davalla, l'albada ulterior
Sempre esperant, perquè el cant
En terres catalanes és tranquil, pas
De trovadors, navegants i destins. Les aigües
De la mar Mediterrània porten transparències,
Algues, àmfores, el crit d'Aquitània
Per al cargol de Gibraltar que ressona,
Que a Sagres parla; s'aixequen i ballen
Les gestes, els campanars, els ulls
Ametllats de les donzelles, exòtics
Però terrenals, en la festa interminable
Dels bruixots i dels sants, casa, pa,
Papir de llustrosos replecs de l'obra,
Palmarès del cel i arrels dels pous.
Ibèria, Catalunya, planura i cim;
Enlloc i aquí – de la terra que de grat
Va estimar més els poetes, els boigs i els errabunds.


Lord of Erewhon
Tradução para Catalão de Antoni Ibañez Ros
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Link: ENTRELLUM.

3 comentários:

Ana Beatriz Frusca disse...

Ficou belíssima a tradução para Catalão de Antoni Ibañez!
Só falta agora ele declamar o teu poema com aquela voz bonita que só ele possui e tu disponiblizares a gravação para nós.
Beijos, maninho.

andorinha disse...

Portugal e a Catalunha unidos por dois grandes poetas.

Frankie disse...

Ora a Biazinha acabou de me tirar as palavras da boca.

O poema é lindo, seja em que alma for.
Belo e grandioso como a cidade que o inspirou e as almas que o criaram e re-criaram...