.Pôr-do-Sol na Basílica da Estrela, Miguel Costa, 2003
Anirem a Lisboa
Pujarem al tramvia número 28
Passejarem pels carrers costeruts de l’Alfama
Caminarem vora el Teix fins a la Torre de Betlem
Visitarem el cenotafi de Pessoa
Ens prendrem un cafè a La Brasileira
Escoltarem fados al Faia
Contemplarem la posta des del mirador del Castell
Ens perdrem quan la nit esdevingui més fosca
Et cardaré pertot arreu
Et faré forats nous
Et beuràs a glopades la meva lleterada
Et deixaré senyals als indrets més secrets
Et xuclaré fins l’últim resquitx de l’ànima
Ens estimarem esbojarradament,
incomprensiblement,
irreversiblement
L’Amor se’n farà creus, de la nostra disbauxa
Escriurem els versos més eterns
Anirem a Lisboa
I mai més no tornarem
PARTIREMOS PARA LISBOA
Partiremos para Lisboa
No eléctrico número 28
Passearemos, pelas ruas íngremes de Alfama
Caminhadas à beira Tejo junto à Torre de Belém
Visitas ao túmulo de Pessoa
Um café n'A Brasileira
Fados no Faia escutaremos
A contemplação do poente no miradouro do Castelo
Perdidos, onde a noite se torna mais escura
Amar-te-ei por todos os lados
Te farei furos novos
Beberás o meu sumo em grandes hautos
Deixarei marcas nos teus recantos mais secretos
Sorver-te-ei ao mais ínfimo pedaço de alma
Nos amaremos como doidos
Incompreensivelmente
Irreversivelmente
O amor não se fará rogado do nosso deboche
Escreveremos os versos mais eternos
Partiremos para Lisboa
E não mais voltaremos
Antoni Ibañez Ros
Tradução de Lord of Erewhon
Anirem a Lisboa
Pujarem al tramvia número 28
Passejarem pels carrers costeruts de l’Alfama
Caminarem vora el Teix fins a la Torre de Betlem
Visitarem el cenotafi de Pessoa
Ens prendrem un cafè a La Brasileira
Escoltarem fados al Faia
Contemplarem la posta des del mirador del Castell
Ens perdrem quan la nit esdevingui més fosca
Et cardaré pertot arreu
Et faré forats nous
Et beuràs a glopades la meva lleterada
Et deixaré senyals als indrets més secrets
Et xuclaré fins l’últim resquitx de l’ànima
Ens estimarem esbojarradament,
incomprensiblement,
irreversiblement
L’Amor se’n farà creus, de la nostra disbauxa
Escriurem els versos més eterns
Anirem a Lisboa
I mai més no tornarem
PARTIREMOS PARA LISBOA
Partiremos para Lisboa
No eléctrico número 28
Passearemos, pelas ruas íngremes de Alfama
Caminhadas à beira Tejo junto à Torre de Belém
Visitas ao túmulo de Pessoa
Um café n'A Brasileira
Fados no Faia escutaremos
A contemplação do poente no miradouro do Castelo
Perdidos, onde a noite se torna mais escura
Amar-te-ei por todos os lados
Te farei furos novos
Beberás o meu sumo em grandes hautos
Deixarei marcas nos teus recantos mais secretos
Sorver-te-ei ao mais ínfimo pedaço de alma
Nos amaremos como doidos
Incompreensivelmente
Irreversivelmente
O amor não se fará rogado do nosso deboche
Escreveremos os versos mais eternos
Partiremos para Lisboa
E não mais voltaremos
Antoni Ibañez Ros
Tradução de Lord of Erewhon
13 comentários:
Senhor, a minha humilde retribuição.
bela retribuição.
Subscrevo as palavras do Ruela.
E este é-me dedicado....:)))
A foto é linda e o cheirinho a Lisboa é inconfundível.
Beijo*
Eu subscrevo também!
Beijos.
Nós é que beneficiamos dessa retribuição :)
Que poema belissimo sobre Lisboa a Bela!
uma vénia aos dois.
Obrigado, Lord, per a sua traduçao do caro poema lisboeta. Outra lingua mais: Anirem a Lisboa
Mas que belo...
Delicioso -seja em que língua for-.
Fascinante, este duelo de vates.
Obrigada.
Algumas dúvidas acerca da versão do poema levantadas pela Andorinha, e após troca de e-mails com Antoni Ibañez Ros, levaram a alguns acertos.
De facto o «tramvia» é um eléctrico - abençoado conhecimento das carreiras de eléctrico da nossa amiga.
P. S. Obrigado, Andorinha... ;)
Lord,
Como costuma dizer um amigo meu, nada a "obrigadar".
Sempre às ordens...
:)))
Traduçao melhorada. Goog work!
With a little help from my friend, and the cave orcs, keepers of the burning poetic word.
Um estreito abraço.
geografia da cidade e dos corpos.lisboa, "chão de palavras" (citando outro poeta), alma onde duas vozes se encontram.
abraço
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