A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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sábado, 10 de maio de 2008

Pascoaes em Heidelberg e a Festa do Espírito Santo na Arrábida

Estou desde o dia 7 na bela cidade de Heidelberg, coracao da Alemanha romantica (daí as falhas do teclado), em cuja Universidade proferi anteontem uma conferencia, num Colóquio luso-alemao sobre "Filosofia e Religiao": "De Deus, o "único ateu perfeito", ao "baile de máscaras" da criacao em Teixeira de Pascoaes". Foi curiosa a reaccao dos professores alemaes: Halfwassen, especialista em neoplatonismo, disse que Pascoaes parecia um romantico negro e um Escoto Eriúgena enlouquecido; outro falou da influencia de Nietzsche; de um modo geral, estao a ficar muito interessados pelo pensamento portugues e pela Saudade, dizendo que nós continuamos até hoje, de forma vivida, a tradicao romantica que na Alemanha foi esquecida. Boa parte destes amigos alemaes sao schellinguianos... Markus Gabriel, grande entusiasta destes encontros luso-alemaes, insistiu para que seja preparada uma antologia de pensamento portugues para ser publicada na Alemanha, o que vou fazer. O tradutor será o Dirk Hennrich (o DH deste blogue), que veio de Basileia para estar ontem connosco e com quem tive o prazer de conhecer uma cervejaria antiquissima e belissima onde servem a cerveja mais forte do mundo (33 graus !). Nao, nao bebi, porque ainda tinha de ouvir uma conferencia sobre o pensamento egípcio... Mas a tentacao, perigosa, é grande. Tao grande como a de me perder nos alfarrabistas, onde aliás encontrei a preciosa edicao de 1952 das Obras completas de Angelus Silesius, em tres volumes. E com ele trago Eckhart, Nicolau de Cusa e Jacob Boehme.
Entretanto convidei um jovem doutorando alemao para escrever um artigo para o segundo número da "Nova Águia" sobre a profunda impressao metafísica que lhe causou Lisboa, que ele descreve como a cidade onde identidade e nao-identidade se conjugam plenamente. Segundo ele, Lisboa revela a imperfeicao (no sentido de incompletude) das formas, abertas ao infinito... Concordo plenamente.
Portugal comeca a ser reconhecido como um ponto de fuga da Europa a si mesma, em direccao ao mundo e ao Infinito. Movimento inverso ao do provincianismo dos nossos políticos...

Com toda a pena nao poderei estar na Festa do Espírito Santo na Arrábida, no Domingo, dia 11, mas exorto a todos que a nao percam. O programa está na coluna direita do blogue Serpente Emplumada e o encontro sera as 10.30 junto ao Convento da Arrabida. Que as Línguas de Fogo do Santo Espírito sobre vós descam !

Um Abraco serpentino e emplumado

3 comentários:

Lord of Erewhon disse...

Deverias ter bebido - depois ias à conferência, com as pirâmides a ser budas sentados e serpentes a assobiar sobre as areias junto aos teus pés, não estarias a ser o filósofo sentado e depois levantar-te-ias, passearias pela cidade sem rumo, levantarias a gola do casaco, com a humidade a dançar em teu redor e um poente expressionista de azulados tétricos nos telhados, sem saberes como, ver-te-ias sentado no quarto... e, quiçá, escreverias o poema da tua vida!

Excesso, Paulo, excesso, entre Blake e Nick Cave...

Abraço!

Anónimo disse...

Obrigado, igualmente e bom regresso.

Anónimo disse...

Hei! Será que nos podemos encontrar? Chamo-me Eduardo sou também um português meio perdido em Heidelberg. Despertei agora para o vosso movimento e entusiasma-me.