A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

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Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

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quinta-feira, 13 de março de 2008

Breve reflexão acerca do MIL…

O MIL: Movimento Internacional Lusófono tomou, até ao momento, posição sobre três questões:
1. O reforço da CPLP, através da criação de uma “Força Lusófona de Manutenção de Paz” (teor da petição que lançámos), a propósito do que aconteceu em Timor (objecto também de um primeiro comunicado).
2. A ratificação do Acordo Ortográfico (que só não foi objecto de uma Petição porque, entretanto, o Governo Português, finalmente, desbloqueou a sua posição).
3. A defesa dos direitos dos tibetanos face à ocupação chinesa (aí não lançámos petição alguma; limitámo-nos a apoiar uma Petição já existente).

Já nos incitaram a tomar posições sobre outros temas. A esse respeito, defendo que o MIL deve ser prudente e não cair na tentação de tomar posição sobre tudo, sob pena da sua voz se banalizar. Mas, obviamente, há espaço para a discordância. Quem achar que o MIL deve tomar posição pública sobre um qualquer tema, deve enviar-nos uma mensagem nesse sentido, de modo a que a Comissão Coordenadora do MIL possa depois tomar uma decisão.

Quanto às três referidas questões, houve também espaço para a discordância:
- houve quem tivesse achado a iniciativa mais consensual a referente ao Tibete; ao invés, houve quem tivesse achado que o MIL não se devia ter pronunciado, dado o Tibete estar fora do espaço lusófono.
- houve e há quem seja contra o Acordo Ortográfico.
- finalmente, há pessoas que, tendo aderido ao MIL, não assinaram a nossa Petição.

A esse respeito, expresso a minha opinião pessoal:

A medida mais consensual que o MIL tomou foi a petição “Por Força Lusófona de Manutenção de Paz”. A esse respeito, recordo a resposta de Amândio Silva, da Comissão Coordenadora do MIL: “Se isso visa o reforço da CPLP, não vejo como (um membro do MIL) possa ser contra”. Também, pela minha parte, continuo a não ver…

Quanto ao Acordo Ortográfico, defendo-o pessoalmente mas não o considero tão decisivo. O reforço da CPLP, grande objectivo do MIL, poder-se-ia fazer, em teoria, sem o Acordo. Mas já que finalmente chegámos a ele, o MIL não pode deixar de o apoiar, com a ressalva que o Acordo que defendemos está muito para além do plano ortográfico – como já escrevi a esse respeito: “O Acordo Ortográfico pode ser, a esse respeito, um bom princípio, até do ponto de vista simbólico – nos fóruns internacionais, como na ONU, os documentos não terão que ser mais traduzidos para as duas variantes da língua lusa (o que, convenhamos, é por inteiro absurdo), mas apenas para uma, aparecendo todo o espaço lusófono como um único Bloco... Através desse Acordo, desde logo, o que o MIL pretende não é senão isso - que os diversos países lusófonos se (re)aproximem, no aprofundamento das suas relações: linguísticas, mas também culturais, mas também económicas, mas também políticas... O Acordo Ortográfico será apenas, na nossa perspectiva, o começo desse Movimento, dessa Dinâmica.”.

Finalmente, considero que a posição do MIL relativamente ao Tibete, não tendo sido despropositada, foi a que, por razões óbvias, menos teve a ver com a nossa Declaração de Princípios e Objectivos. O MIL, fazendo jus ao nome, deve sobretudo preocupar-se com o que se passa no espaço lusófono. Ainda que não só. Só assim cumpriremos a nossa vocação universalista…

10 comentários:

lourencoalmada disse...

Concordo, com isto.
A acção do MIL, para já, deve ser limitada por não poder abranger tudo devido à sua acção estar condicionada a núcleo humano activo igualmente limitado.
Ainda que se pudesse debruçar para temas universalistas, por estar de acordo com nobres princípios humanistas que legitimamente nos movem, acho que, pelas razões acima invocadas e enquanto MIL, para já nos devíamos ser mais incisivos e concentrarmo-nos para temas que dissessem apenas respeito à Pátria e à Lusofonia. Embora. Se não for assim surgirá a dispersão e com ela a prejudicial ineficiência, inclusive para o próprio propósito mais lato deste movimento que é o de ajudar que se implante o Quinto Império, obviamente universal e que aceita a diversidade.
Lourenço de Almada

Anónimo disse...

E se a mais importante causa lusófona for a própria universalidade ?

Ana Margarida Esteves disse...

Acho que o anonimo tem razao. Pelo menos na minha sincera opiniao, nao acho que pronunciarmo-nos sobre o que se passa no resto do mundo, desde que seja com conta, peso e medida, va causar dispersao.

E tudo uma questao de 'caminho do meio".

Bom, chega de malhar na Lingua Portuguesa neste teclado sem acentos nem cedilhas;-).

joao marques de almeida disse...

Quando se diz não se ver a razão de um membro do MIL não assinar a petição para o envio de uma força militar (chame-se-lhe o que se chamar) para Timor, como foi o meu caso, isto merece uma explicação da minha parte, embora anteriormente isso já tenha sido por mim abordado e até tenha merecido um comentário de um dos membros da direcção deste blog. Portanto a razão vê-se, pode é não se olhar para ela.
Com ou sem lusofonia, sou incondicionalmente a favor do apoio a qualquer povo que lute pela sua liberdade e dignidade, não podia por isso ser indiferente à do povo timorense. Pelo contrário, sou a esse respeito particularmente sensível. E é precisamente por ser sensível a essa questão que não assinei a petição. É certo que em termos práticos (do ponto de vista dos interesses do povo timorense) tanto faz assinar como não, mas cada um tem de viver com a sua consciência.
Qualquer força do tipo que se pretende enviar só irá fazer mais do mesmo dos que lá estão. Ou seja, irão ajudar, activamente ou por legitimação de presença, as forças antinacionais, anti-populares e pró- Austrália/USA instaladas no poder através de um golpe de Estado que derrubou Mari Alkairi à vista de todos, nomeadamente das forças portuguesas, que, diga-se, em qualquer dos casos nada poderiam fazer (impedimentos militares mas também políticos).
Recorde-se que Mari Alkatiri era e é apoiada pelo maior partido de Timor, a Fretilin.
Resumindo, quem é o inimigo do povo timorense? A resposta é simples, Austráli/USA.
Qual é a missão das forças portuguesas? Impediram elas os arruaceiros de Reinaldo, treinados e armados pela Austrália, de derrubar o governo democraticamente eleito? Elas reprimem os protestos do povo timorense e dos patriotas da Frelim designados como distúrbios?
Os recentes acontecimentos, que não espantaram, não foram mais que o ajustamento de poderes entre os golpistas e que ao que tudo indica visavam deixar invicto X. Gusmão.
Mas compreendo quem assinou a petição. De um modo geral, pelo argumentação que tenho visto aqui exposta, trata-se, seguramente, de boas vontades espontâneas.

JoanaRSSousa disse...

Que o MIL exista, com noções dos extremos e dos caminhos do meio e respeitando a diferença de cada um dos seus membros.

lourencoalmada disse...

Quando deixei a minha opinião tinha um proposito. É que a MIL se concentrasse apenas num determinado espaço político delineado, doseando o seu esforço para o que já tinha definido anteriormente nos seus príncipios principais estabelecidos nos seus «estatutos». Há que ter conciência que hoje não somos assim tantos para que nos demos ao luxo de dispersarmo-nos. Mesmo que haja causas mais importantes que a defesa da lusofonia, elas devem ser apenas abordadas aqui e debatidas em profundidade num outro espaço próprio. Não se deve fazer delas o nosso "cavalos de batalha", sob o risco de a nossa eficácia seja seriamente danificada e que este movimento deixe de fazer sentido a sua existência. Isto infelizmente somos humanos e porque não é possível abarcar o «mundo».muito menos quando ainda se é jovenzinho e impaciente.

Renato Epifânio disse...

Caro João Marques:
A meu ver, o raciocínio continua a ser este:
1. Timor precisa de forças policiais e militares para garantir condições mínimas de segurança.
2. Tanto precisa que o Governo Timorense as requereu.
3. Neste momento, estão lá, sobretudo, forças australianas.
4. O que propomos, tão-só, é que, em vez de forças australianas, estejam lá forças lusófonas...
As vantangens, para um Membro do MIL, deveriam ser óbvias. Mas, obviamente, ninguém está obrigado a assinar nada.

Caro Lourenço: Concordo consigo. Quanto mais nos concentrarmos, mais longe iremos...

Renato Epifânio disse...

P.S.: Relembro, pela enésima vez, que a nossa Petição "Por uma Força Lusófona de Manutenção de Paz" não é apenas sobre Timor. Tem um alcance muito mais vasto...

joao marques de almeida disse...

Caro Renato Epifânio
Quanto ao ponto 1ª : A que ordem e segurança se está a referir?
Quanto ao ponto 2º: Merecerá o actual Governo timorense, golpista e anti-nacional alguma credibilidade ou sequer respeito?
Quanto ao ponto 3º: Forças australianas que controlam totalmente toda a situação e não se vê como outras forças possam alterar a situação.
Quanto ao ponto 4º: Não vejo quais as vantagens para os membros do MIL. Nem pessoalmente nem como membro do MIL procuro qualquer vantagem que não seja a oportunidade de ajudar a luta do povo timorense pela sua independência real e a sua dignidade.
Naturalmente que não sou abrigado a assinar a petição, mas mesmo que o fosse não o faria.
Julgo que deviamos era apoiar a luta dos que lutam pela reposição da legitimidade democrática em Timor. Pelos que lutam para que o mundo tome voz contra a situação de protecturado da Austrália em que Timor foi colocada para lhe roubarem as riquezas e destruir a sua identidade e cultura.
Julgo que se devia fazer um concentração e uma marcha para apoiar esta luta, tal como Paulo Borges esta a propor para o Tibete.

Renato Epifânio disse...

Caro João Marques
Vamos ver se nos entendemos: Quando escrevi que "as vantagens (da substituição das tropas australianas por tropas lusófonas) deveriam ser óbvias para os membros do MIL", não estava, OBVIAMENTE, a dizer que as "vantagens" seriam para os membros do MIL. Mas, OBVIAMENTE, para o povo timorense... É nele que o MIL pensa, acima de tudo, desde logo, acima de quaisquer cálculos partidários. Mas já percebi a sua posição: deve deixar-se que a situação se degrade ao máximo, para que a FRETILIN possa voltar ao poder...