A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

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Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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quarta-feira, 26 de março de 2008

Boicote aos Jogos Olímpicos por Solidariedade com Tibete ou Outras Violações dos Direitos Humanos por Parte da China

Os Jogos Olímpicos eram na antiguidade uma festividade de tributo a Zeus em que eram estabelecidas tréguas em todas as guerras que existissem entre as várias ilhas e cidades gregas para que os grandes atletas pudessem estar presentes e competissem em paz, respeitando os seus inimigos como seus companheiros e iguais.
Pierre de Coubertin teve como ideal essa mesma essência. Pensou os Jogos Olímpicos como um local onde todos os grandes atletas se revissem como iguais provando ser possível o seu convívio em paz e promovendo o respeito pela diferença entre os povos através do crescente conhecimento das suas culturas. Promovendo este respeito entre os atletas e suas diferenças e esperando que através destes mesmos atletas esses ideais se propagassem às suas nações e povos, os Jogos Olímpicos contribuiriam para um convívio são, que ajudaria à paz entre todos os povos do mundo.
Tendo em conta estes e outros pontos da ética olímpica a minha opinião divide-se entre o apoio ao boicote aos Jogos Olímpicos e a sua rejeição. Elaboro então três pontos que considero serem essenciais para esta discussão:
1º - Não considero justo que parta do Comité Olímpico Internacional (COI) ou dos vários governos dos países concorrentes o quebrar de tréguas que se pretendem para os 17 dias de jogos, levando os jogos de uma dimensão social e desportiva para uma dimensão política e impedindo os atletas que vêem neles o sonho de uma vida tendo trabalhado com afinco para a sua auto-superação, privando-os também do convívio e troca de experiências que levaria a um melhor conhecimento inter-cultural que está por base dos Jogos Olímpicos.
2º - Os Jogos Olímpicos recebem o seu nome do local onde se realizavam na antiguidade, a cidade grega de Olímpia sendo o recinto dos jogos um local sagrado pelo objectivo dos jogos. Pela sua semelhança crê-se que a sua origem esteja associada ao Monte Olimpo, local mítico onde viviam os deuses gregos. Tendo os jogos como objectivo a promoção do respeito e da paz entre os povos, acho estranho como pode ter sido escolhido para palco dos jogos e por analogia como "palco sagrado" uma cidade de um país profundamente desrespeitador dos Direitos Humanos...
3º - Considerando injusto que os atletas fiquem privados de participarem naquele que é para muitos o sonho das suas vidas, considero também que estes têm o direito de se pronunciar e penso que estariam no direito de aceitar as tréguas olímpicas, recusando no entanto a sua presença num solo que nada tem de sagrado, ausentando-se assim por sua própria vontade dos Jogos Olímpicos de Pequim.
Aceito então o boicote se e só se este partir dos atletas e nunca dos países envolvidos ou do COI. Acho que ninguém os levaria a mal.

6 comentários:

Germano Viana Xavier disse...

Olá!

Passei por aqui...
Gostei do blogue!

Abraços pernambucanbaianos...

Germano
www.clubedecarteado.blogspot.com

Lord of Erewhon disse...

Olha, Lux, escreveste o texto mais sensato que, recentemente, li acerca deste assunto!
Não há inocência política nas manifestações... embora pugnem por uma causa legítima e justa.

E nisto tudo há uma tremenda soberba ocidental e menosprezo pela mentalidade chinesa! Do boicote viria mais mal que bem.

E ainda têm os inteligentes primeiro que oferecer à China um truque político milagroso... Porque um país com aquelas dimensões, a ser governável em democracia, só com uma tremenda revolução tecnológica e dos meios de comunicação, que mal começou - e mesmo assim tenho dúvidas que seja de todo governável em democracia.

Claro, será democraticamente governável... depois de se partir em mil bocados!!

Querem um Kosovo de proporções apocalípticas e a falência da economia mundial??

Abraço!
Viva El Rey!
Viva Portugal!

P. S. Orgulho-me de ti, pá.

Ana Margarida Esteves disse...

Klatuu/Lord (ou vice-versa), tu que to afirmas tão sabichão e tão defensor da auto-determinação das identidades nacionais, não te dás conta de que a China é um mosaico de culturas que se mantém inteiro à custa de uma versão política da super-cola 3?

Ana Margarida Esteves disse...

Já agora, até que a falência do actual sistema económico mundial não seria de todo mal vinda ...

Anónimo disse...

Quem quiser saber pode saber acerca do Tibetn desde há 700 anos parte integrante da China. Pode saber do regime feudal que ai imperava nos tempos dos Dalai Lama, dos servos da gleba, dos escravos, dos castigos corporais, da repressão contra os opositores à ordem estabelecida.
Não sei se agora está bem ou mal, pior é impossivel.
E isto nada tem a ver com a essência do budismo, nem com a beleza dos seus textos e a noção de desapego.
Só não compreendo é o apego do Dalai Lama ao Tibet.
Não li Lux mas vou pelo lord of erewhon.
Pestana

Lux Caldron disse...

Com este texto apenas pretendi transmitir que considero importante que o desporto não seja usado como arma política, seja com que fim for. Acho, como referi, que os atletas são livres de levar a cabo esse boicate sem que ninguém os levasse a mal, mas nunca por parte das entidades envolvidas,sob risco de todas as competições desportivas de futuro passarem a ser alvo de utilizações politicas com vista ao uso da sua visiblidade global.

Não pretendi nunca com este texto demonstrar uma posição a favor da ocupação chinesa do Tibete, aliás não concordo com ela seja ela actual ou de há 700 anos para cá. Estejam eles melhor agora ou pior pois acho que um povo têm o direito de escolher a sua liberdade e independência, sendo senhor do seu destino se for essa a sua vontade. Sou também contra a exploração laboral de que são alvos os chineses e sobretudo as suas crianças, e todos os outros crimes contra os direitos humanos que são levados a cabo naquele país.

Concordo com o Lord of Erewhon quando este desconfia da possiblidade de um país como a China ser governável democraticamente. Apenas o seria às custas de uma perigosíssima autonomia de todos os antigos reinos dos quais o país é formado, o que poderia despoletar uma tendência para a independencialização em cascata de todos esses territórios.

Quanto à crise económica... sim isso era certo. No fundo todos os países que criticam a China, muitos dos quais agora apelam a este boicote, são os mesmo que abrem portas à chegada dos seus produtos de baixo preço às custas de uma mão-de-obra repugnantemente barata... A China sustenta directa ou indirectamente a economia global, e a falência global era bonita, mas no fundo todos gozamos com o bem-estar da economia e certamente passaríamos um mau bocado com a sua falência pois digamos o que disser-mos estamos bastante habituados a esta realidade socio-económica que tanto criticamos.

Abraços a todos