Pedindo desculpa por, uma vez mais, meter a foice em seara alheia, tenho a dizer que:
Os meus caros amigos do MIL não são, é certo, colonialistas, nem sequer neo-colonialistas, muito menos racistas, mas continuam no quadro mental do 24 de Abril... Com o 25 de Abril, Portugal mudou, por inteiro, de paradigma e é tempo de vocês se aperceberem disso.
Actualmente, as afinidades linguísticas e culturais não se devem sobrepor a outras bem mais importantes. Por isso, acho absurda esta defesa da lusofonidade de Timor. O melhor que poderia acontecer a Timor era ser integrado na Austrália. E se o preço a pagar for a extinção da língua lusa em Timor? Que o seja, já que isso é, inequivocamente, melhor para os timorenses...
Do mesmo modo, os países africanos de expressão portuguesa devem apostar é na União Africana e não nessa quimérica União Lusófona...
Do mesmo modo, o Brasil deve apostar é numa União latino-americana...
E Portugal? Portugal deve apostar tudo na União Europeia e esquecer de vez esses pretensos laços linguísticos e culturais, que são um entrave ao nosso desenvolvimento.
Vocês ainda não perceberam que defendem uma ideia de Pátria que é prejudicial aos portugueses? Afinal, o que é que para vocês é mais importante: os portugueses ou Portugal?
Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".
Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".
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7 comentários:
Caro Jorge Batista
África e Brasil seguirão o seu próprio caminho, sem dúvida que assim terá de ser, mas há muitos espaços de comuns interesses, a língua, por exemplo, em relação à África. E em relação ao Brasil, não espantará se amanha o português universal for o brasileiro
Mas fiquemos por Timor.
Digamos que o melhor caminho para os timorenses seria o que eles próprios determinassem. Mas a verdade o povo timorense foi compelido a pôr-se de parte, como se verificou pelo modo como os actuais detentores do poder, Ramos Horta e talvez principalmente Xanana lá chegaram, o café e o petróleo.
As forças estrangeiras que ocupam Timor não estão lá para defender os timorenses de forças pró-indonésias, como foi argumento inicial , mas para imporem as políticas dos E.U.A./Austrália.
Penso que, se na verdade queremos ajudar o povo timorense, teremos de o fazer através do apoio aos seus elementos representativos, à força marginalizados. E na verade o governo de Portugal não dá para isso.
Joao Marques de Almeida
O que eu defendo, por muito brutal que seja ou pareça ser, é que todos esses países (Timor, PALOPs, até o Brasil!), ficariam bem melhor se, pura e simplesmente, deixassem de falar português. E Portugal, por arrasto...
Acho que você deve apostar na boa união dos atacadores dos seus sapatos... para não ter que se baixar tanto a ideologias tirânicas e cretinas que destroçaram o século XX.
Meus amigos, essa vossa bendita petição já se tornou aqui no Sul numa piada de Português ...
Muito obrigada por nos darem tantas oportunidades para umas boas risadas ...
Qual União Latino-Americana, meu amigo? Espezinhar ainda mais o potencial econômico, cultural e político do Sul ao nos obrigar a ter de aguentar ainda mais a indiarada da Bolívia, Paraguai e não só?
Já nos basta os paraibas, a baianada e a cariocada.
Caro Rigoleto:
Ainda bem que não assinou a petição. Não é para gente racista como o senhor...
O Brasil já é o V Império, falta Angola e Moçambique também se tornarem parte integrante. Para isso os governos têm de desaparecer, primeiro no Brasil e gradualmente nos outros países.
Portugal continuará nesses países. Se Portugal não tem portugueses que o orgulhem e tenham orgulho na sua Pátria e na sua língua, como parece ser o caso do Jorge Batista, quando afirma:
"Do mesmo modo, o Brasil deve apostar é numa União latino-americana...(você está por fora do sentir dos Brasileiros...)
E Portugal? Portugal deve apostar tudo na União Europeia,(voc~e está por fora do sentir dos Portugueses...) e esquecer de vez esses pretensos laços linguísticos e culturais, que são um entrave ao nosso desenvolvimento.
Vocês ainda não perceberam que defendem uma ideia de Pátria que é prejudicial aos portugueses? Afinal, o que é que para vocês é mais importante: os portugueses ou Portugal?"
Portugueses assim, têm toda uma UE da treta para se exportarem, que para lá vão, enquanto esse grupo capitalista ainda existe.
Portugal é sempre mais importante do que os Portugueses, temos é de servir Portugal e lutar contra os anti-patriotas, e não estou a falar em termos arquistas, apenas a nível humano. A evolução de Portugal passa pelo sentir a Alma e a Língua Pátrias e não nos governos que sempre têm destruído ou tentado destruir a Alma Portuguesa, uns pela miséria que infligem aos Portugueses, outros pela regionalização, outros pela união com Castela, outros com a integração na UE, e outros só o fazem mesmo pelo dinheiro.
L+G
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