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"Pela própria natureza multinacional desta força, não haveria espaço para que surgissem críticas de "imperialismo" ou de defesa de interesses económicos ou particulares"
Sinceramente, a haver risco de tentação imperialista essa, por norma, tenta os mais poderosos e, como é do conhecimento geral, Portugal actualmente é um mero espectro do que foi outrora, no contesto de uma força militar lusófona o país mais relevante seria o Brasil, nem que fosse pela sua densidade populacional mas também, e mais por isso, pela excelência das suas forças policiais e militares que devido às circunstâncias (países vizinhos repletos de guerrilhas, o "amigo americano" mesmo ali ao lado, a paramilitarização do crime organizado nas grandes cidades, etc.) não têm outro remédio que não o de serem as melhores no que fazem já que o mínimo erro lhes poderia causar a perda da vida.
Acompanhando a discussão que esta petição lançou na blogosfera, principalmente após ler o Orlando Castro, fiquei ao corrente de que, pelo menos em teoria, a CPLP já tem consagrada a criação duma força internacional deste género, mas infelizmente nunca a colocou em prática... um erro crasso, temos soldados em Timor-Leste que poderiam estar agregados numa força multinacional Lusófona em vez de estarem a servir de bengala aos interesses australianos.
Já nos meus tempos na direita causei um certo choque ao sugerir que a opção mais correcta para a descolonização seria a aposta numa espécie de Commonwealth, proposta esta que, julgo eu e gostaria que me corrigissem se erro, António de Spínola também defendeu em tempos.
O que temos é a CPLP que, infelizmente, pouco ou nada faz e na prática não serve para muito mais além de providenciar passeios e comezainas de luxo aos governantes dos países que dela fazem parte.
A criação de uma aliança militar internacional é algo que, actualmente, faz alguma diferença, por alguma razão a Rússia o está a empurrar a criação de uma força multinacional deste género, também na América do Sul a Venezuela idem aspas, porque não os países lusófonos? E se já está consagrada a criação duma força desse género na actual CPLP, o que nos falta para a tornar uma realidade?
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