Quando elaborámos a "Declaração de Princípios e Objectivos" do MIL (Movimento Internacional Lusófono), tivemos como preocupação fundamental apresentar um documento simultaneamente assertivo e aberto. Por isso o nosso apelo a sugestões e críticas não é uma mera figura de retórica...
Uma das críticas que alguns levantaram foi a nossa expressa defesa do Acordo Ortográfico. Sem querer contornar a discussão, ela não me parece, neste momento, muito consequente. O Acordo Ortográfico é já uma inevitabilidade - resta apenas saber quando é que entrará em vigor. Nessa medida, do que se trata, agora, é de realçar as suas virtualidades, prevenindo alguns dos seus potenciais efeitos negativos. Ao contrário do que aqui já se escreveu, não me parece que seja o Acordo que vá eliminar todos os dialectos existentes em todo o espaço lusófono. Do que se trata apenas é de harmonizar a ortografia oficial entre o Brasil e os restantes países lusófonos...
As virtualidades parecem-me óbvias, desde logo no plano externo. Nos palcos internacionais, como na ONU, os documentos não terão que ser mais traduzidos para as duas variantes da língua lusa (o que, convenhamos, é por inteiro absurdo), mas apenas para uma, aparecendo todo o espaço lusófono como um único Bloco...
Através desse Acordo, desde logo, o que o MIL pretende não é senão isso - que os diversos países lusófonos se (re)aproximem, no aprofundamento das suas relações: linguísticas, mas também culturais, mas também económicas, mas também políticas...
O Acordo Ortográfico é apenas o começo desse Movimento, dessa Dinâmica. Tendo o MIL como principal bandeira a "União Lusófona", estranho seria que não defendesse esse Acordo. Não como fim, mas como princípio. O Acordo que o MIL almeja está para além, muito para além, do plano ortográfico! Haja Vontade...
A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português".
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra).
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa).
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Donde vimos, para onde vamos...
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3 comentários:
Cuidado, cuidado, olha que isto vai pôr em causa os "tachos" de muitos tradutores da ONU;-) ...
Existe de facto muita contestação ao Acordo, especialmente na Blogoesfera... Assim de repente, não me lembro de nenhum blog (tirando o meu, o do Pires e este aqui) que o defenda...
É um ponto de ruptura, certamente, mas esta posição advém de uma certa, mas forte, resistência e medo a uma forma "mutante" de colonialismo brasileiro. Infundada e nada no Medo deste "pequeno" Portugal.
E sim. Um Movimento que defende a União Lusófona, só pode defender a união da grafia da lusofonia. Outra posição seria contraditória, e logo, absurda.
Realmente, será lamentável se os usuários do blog fizerem cavalo de batalha no "acordo" (?) Ortográfico e perderem de vista o que de mais importante o MIL se propõe. Pois, de fato, o colonialismo brasileiro existe. E o pior de tudo é que, à semelhança do povo português no passado, a carregar o peso de seus cortesãos; a massa de trabalhadores do "made in Brazil" malpaga e a exportar emigrantes, paga a fatura da elite brasileira estranjeirada.
Agostinho da Silva compreendeu isso muito bem, e o padre Vieira viu longe. As mil e uma aldeias do MIL, sim, dentro e fora do Brasil podem combater esse ranço colonial que deitou raízes no "país do carnaval"... Mas, a África lusófona unida, na revelação de seu fado e ventura; deverá ser a grande novidade onde o povo brasileiro achará espelho do passado e Portugal a dialogar com a Europa, ser porta-voz de um futuro com feição humana a fim de enfrentar a ditadura da Máquina total.
Penso em Moçambique, com Graça Machel talvez a ter papel relevante no MIL junto a Nelson Mandela como paladino ainda da abolição das diferenças mais graves entre o Norte e Sul. Então, a profecia do "Quinto Império" terá se realizado neste Milênio.
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