A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Sobre a Actualidade da Ideia de Pátria

1) A questão da actualidade e da importância
Antes da questão da “actualidade”, dever-se-á discutir a questão da “importância”. Se não considerarmos importante a “ideia de Pátria”, fútil será discutir a sua “actualidade”. Se a ideia de Pátria não fosse importante, como para nós é, o facto dela não ser uma ideia actual, como manifestamente não é, não seria para nós motivo de lamento, mas de regozijo.

2) Porque é importante a ideia de Pátria?
A importância da Pátria denota para nós a importância da Cultura. O que “une” os portugueses, se é que ainda algo une, é isso: a pertença a uma mesma Pátria, ou seja, a uma mesma Cultura histórica. Se ela não existisse, de facto, nada haveria que realmente “ligasse” os portugueses. Decerto, não é essa uma Cultura unívoca. O seu sentido histórico pode ser discutido. A nosso ver, aliás, só se devem discutir assuntos importantes e, nessa medida, a Pátria pode e deve ser discutida.

3) Porque não é actual a ideia de Pátria?
A nosso ver, para além de algumas razões conjunturais, a ideia de Pátria deixou de ser actual pela extremação do individualismo contemporâneo. As pessoas, cada vez mais, recusam o que as liga, valorizando antes, até ao extremo, o que as separa – e por isso caracterizou José Marinho a nossa época como a “época da cisão extrema”. Também por isso, a política, cada vez mais, parece reduzir-se a uma mera gestão económica, sem qualquer Horizonte. Não que essa gestão económica não seja importante. Simplesmente, não é isso o que faz de um conjunto de pessoas uma real comunidade. Para que isso aconteça, o elo não pode ser apenas económico – tem que ser, sobretudo, cultural. Sem esse elo maior, de resto, qualquer sociedade se desagrega, em particular uma sociedade materialmente pobre, como a portuguesa.

4) Porque, não sendo uma ideia actual, deverá de novo sê-lo?
Trata-se, em última instância, da sobrevivência de Portugal, da nossa própria sociedade. Se o que liga os portugueses é apenas o Estado, se tudo se resume à questão dos impostos e das reformas, se a ideia de Pátria passou de vez à História, então vale mais, desde já, fechar a porta e apagar a luz. E integrarmo-nos, de vez, na Espanha. Viveríamos, materialmente, bem melhor…

7 comentários:

LL disse...

Excelente iniciativa dos Professores Paulo Borges, Renato Epifânio e Professora Celeste Natário.
Que se renove o espírito da partilha livre nos novos voos do pensamento.
Que se faça escola; outras escolas e sobretudo novo escol, mas que continue a ser sempre fiel ao espírito da portugalidade. português.

Renato Epifânio disse...

Esse é o nosso intuito. Contamos convosco!

JPBFS1234 disse...

Exelente iniciativa.
Que se discuta e se estude nas escolas .
Que o sangue nos ferva nas veias quando atacam a Patria.
Sempre.
Obrigado.
José Pinto Barbosa Ferreira da Silva

Anónimo disse...

Meus caros

A linguagem que está por aqui, no geral, é "antiga", não discorre. E, quando assim é, parece o comentador ou o políticamente certo (ambos de barriga cheia) a falar para o "pobrezinho".

Uma lusofonia, é do século passado, sendo irmã das ideias de francofonia, etc, etc. E, se retrospectivarmos as humanidades por onde caminhámos, entendemos que isso é velho e até manhoso.

Porque não uma mátria (algures o escreveram, por aqui), em vez da pátria que foi tão singularizada no passado dos povos (impérios, exércitos, ditaduras, sistemas político-partidários, privilegiados...)... Uma mátria, qual entranha fecunda de Espyrito, isso sim, que abraçe o mundo.

Já agora, (pelo menos, de momento) é impossível sermos todos iguais, técnicamente é impossível sermos todos capazes ou aptos e financeiramente será sempre impossível qualquer igualdade hoje. Existe, no entanto uma realidade: temos de voltar a amar a Terra e regressar à engenharia antiga dos recursos, da cultura, da natureza e do Saber ( e aproveitar o que de novo, consideremos útil); temos de suprir a exploração material-social das economias humanas sobre o elemento Homem (e animal) e assim a riqueza financeira, que desemboca na pobreza espiritual; temos de eliminar a propriedade material e a educativa, digamos o ter sobre qualuqer coisa, para coroar o Homem imperador-menino, quando perspectivarmos a terra-universal. E isso, não se faz com sistemas nem com finanças económicas, sejam eles quais forem, se contaminados tiverem dos pecados históricos que nos colocaram, a nós humanos, aqui.

Viva Portugal e seus reynos.
Viva o QVINTO IMPÉRIO, DO SANTO ESPYRITO SANTO.

(Obrigado prof. Agostinho da Silva. Um grande abraço para SI, meu Senhor)


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PS. Tenho de vos dar os parabéns.

Anónimo disse...

Gosto deste ditado, e penso que devia ser meditado neste contexto.

"Não é pelas grandes orelhas que o burro vai à feira."

Quando vejo a Irlanda no topo dos países (tirando Luxemburgo) em termos de PIB per capita com correção pela paridade do poder de compra, vejo a confirmação dele.

O país

1) Não tem infraestrutura muito desenvolvida.
2) Não fabrica cohnecimentos científicos ou tecnológicos de topo.
3) Não tem riquezas naturais especiais.
4) Não é centro econômico e financeiro de fama, tradicionalmente falando.

Que tem então?
Humildade e posição... Aprendamos... Criemos a nossa posição. A irlanda soube tomar a dela.

ESTÓRIAS DE ALHOS VEDROS disse...

Uma Língua é um "pedaço" significativo de uma Cultura, o caminho régio para a nossa identidade. Seja "mono" ou multicultural, a Língua é o nosso espaço privilegiado, de onde brota tudo o resto.Independentemente da geografia ela é um "topos" sem espaço e tempo determinados. E por isso é a nossa "Casa", a nossa moradia, o nosso "Ethos" cultural.

Luís Mourinha

Anónimo disse...

Mais uma vez concordo com o que diz o Prof. Renato Epifânio: A Pátria...
Desde a Galiza, que todos os anos em 25 de Julho, dia do Apóstolo Santiago, celebra o DIA DA PÁTRIA GALEGA em Compostela, digo que são reflexões gratificantes. A Galiza é restos de pátria em processo duplo e e inverso de reconstrução, por parte de uns, galeguizadores, e de desconstrução, por parte de outros, espanholizadores.
Se olharem para o reino da espaÑa, reparem na Galiza desconstruída e pouco reconstruída: Isso será Portugal, se for integrada no reino bourbónico...