A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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segunda-feira, 25 de novembro de 2019

25 de Novembro, Lançamento de "Aristóteles em nova perspectiva", de Olavo de Carvalho...



A pretensão de filosofar no plano da “razão pura” tem sido contestada por autores e correntes que valorizam o carácter “situado” do pensamento, sempre condicionado pelo contexto histórico, social e cultural. A dificuldade reside em saber o que é determinante na “situação”, dada a multiplicidade e a complexidade dos factores envolvidos. Ora, a escola da filosofia portuguesa tem defendido ser a língua o elemento essencial do horizonte em que pensamos, seja qual for o plano; de modo que a poesia de Teixeira de Pascoaes se pode considerar uma das mais altas expressões do pensamento português e humano, portanto de inegável valor filosófico. Está claro que, sendo possível transpor essa poesia para enunciados de feição discursiva ou para outra língua, os conteúdos ficam necessariamente matizados ou alterados pelas novas formas em que se vertem.
O especial interesse do livro de Olavo de Carvalho, Aristóteles em Nova Perspectiva. Introdução à teoria dos quatro discursos, consiste em reforçar a tese da prioridade da língua a partir da exegese da obra aristotélica, cuja presença no pensamento universal e em especial no nosso é das mais relevantes.
Segundo Olavo de Carvalho, para Aristóteles os discursos poético, retórico, dialéctico e analítico ou lógico apenas se distinguem pelo diferente grau de verosimilhança e certeza. Como todo o conhecimento parte da experiência sensível, o nível mais abstracto articula-se, em última instância, com os anteriores, numa escala de crescente evidência e necessidade. Como defendeu Eudoro de Sousa, seria necessário ser contemporâneo de Aristóteles para verdadeiramente o compreender, pois o seu pensamento está indissoluvelmente ligado à língua grega, tal como se falava e entendia no seu contexto epocal e local.
Considero, pois, tratar-se de um livro que muito interessa à reflexão sobre o tema das filosofias nacionais. Por isso de há muito se desejava que fosse mais conhecido entre nós, onde, como creio que no Brasil, não mereceu ainda a devida atenção.

Joaquim Domingues

Editada em Portugal pelo MIL: Movimento Internacional Lusófono, esta obra será lançada no dia 25 de Novembro, na Sociedade de Geografia de Lisboa, no âmbito de um Colóquio sobre o Pensamento de Olavo de Carvalho, para o qual já assegurámos a participação de algumas figuras prestigiadas da nossa Cultura e Academia, que irão reflectir sobre as diversas facetas do impacto da sua Obra no Brasil e em todo o Espaço Lusófono.


Para encomendar: info@movimentolusofono.org