A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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sexta-feira, 27 de março de 2015

De Brunello Natale De Cusatis, para a NOVA ÁGUIA 15...

O desassossego religioso de Fernando Pessoa
por Brunello Natale De Cusatis
(Università degli Studi di Perugia)

«Portanto, não se pode duvidar de que a inquietude religiosa, o desassossego religioso seja o verdadeiro motor da obra de Fernando Pessoa, como demonstra, aliás, uma sua prece manuscrita, provavelmente de 1912, isto é, do ano em que se daria a conhecer como escritor. Nela pede ao Senhor, «que [é] o céu e a terra, que [é] a vida e a morte», que lhe conceda «alma para [o] servir e alma para [o] amar. […] vista para [o] ver sempre no céu e na terra, ouvidos para [o] ouvir no vento e no mar, e mãos para trabalhar em [seu] nome»; e que o torne «puro como a água e alto como o céu». Para acabar depois, no fim da prece, com um angustiante «Senhor, livra-me de mim!» [Pessoa, 1966: 61-62 (61)], que lembra muito de perto a fórmula descendente da antiga liturgia católica moçárabe – fórmula que se encontra, também, em Santo Agostinho (Confissões I, 5.6) – Ab occultis meis munda me, Domine, ou seja, «Dos meus pecados escondidos purifica-me, ó Senhor». (excerto)