A Águia, órgão do Movimento da Renascença Portuguesa, foi uma das mais importantes revistas do início do século XX em Portugal. No século XXI, a Nova Águia, órgão do MIL: Movimento Internacional Lusófono, tem sido cada vez mais reconhecida como "a única revista portuguesa de qualidade que, sem se envergonhar nem pedir desculpa, continua a reflectir sobre o pensamento português". 
Sede Editorial: Zéfiro - Edições e Actividades Culturais, Apartado 21 (2711-953 Sintra). 
Sede Institucional: MIL - Movimento Internacional Lusófono, Palácio da Independência, Largo de São Domingos, nº 11 (1150-320 Lisboa). 
Contactos: novaaguia@gmail.com ; 967044286. 

Donde vimos, para onde vamos...

Donde vimos, para onde vamos...
Ângelo Alves, in "A Corrente Idealistico-gnóstica do pensamento português contemporâneo".

Manuel Ferreira Patrício, in "A Vida como Projecto. Na senda de Ortega e Gasset".

Onde temos ido: Mapiáguio (locais de lançamentos da NOVA ÁGUIA)

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domingo, 5 de agosto de 2012

De Manuel Ferreira Patrício, sobre Leonardo Coimbra: para o próximo nº da NOVA ÁGUIA...

Leonardo expõe, em A Alegria, a Dor e a Graça, uma filosofia completa do movimento. No movimento vê o esboço da alma. É no centro do centro de cada forma que o movimento mora e principia, propagando-se até aos abismos dos infinitos espaços do Universo. A lei ou princípio da inércia tem um papel fulcral na sua filosofia do movimento. Por ela aparece o Universo como um espantoso equilíbrio social vivo. Se o movimento é o esboço da alma, o que não será o movimento da alma verídica! Por aqui se entrevê a pedagogia leonardina do movimento, e o que pode ser o princípio da inércia como princípio da alma humana. Da doutrina do movimento deriva directamente uma teoria da arte e da educação artística. O grande poder que o movimento atinge na arte é um poder de revelação. As artes mais altas são, a este respeito, a música e a poesia. É o movimento da palavra que em ambas domina: da palavra verbal e da palavra cósmica. É sempre para uma pedagogia da palavra, e não para uma pedagogia da imagem ou do ícone, que nos aponta a filosofia de Leonardo Coimbra. Educar é ensinar a palavra, a qual jamais se perde depois de aprendida. À filosofia criacionista tem que corresponder a pedagogia criacionista, pois que a criação é um acto da palavra. O que é o Mundo senão o próprio verbo divino? E o que é a Cultura senão o próprio verbo humano?

(excerto)